A expectativa da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Sergipe e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Aracaju é que ocorra uma recuperação nas vendas do comércio no Dia das Mães. A perspectiva vem após uma queda acentuada no faturamento de abril, em decorrência dos feriados prolongados e da paralisação ocorrida no dia 28, o que teria prejudicado as vendas.
A data é considerada a segunda mais importante para o varejo nacional tanto em volume de vendas como em faturamento. Segundo estimativas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas CNDL, este ano cerca de 109 milhões de brasileiros devem presentar alguém neste Dia das Mães, o que deve injetar quase 14 bilhões de reais nos setores do comércio e serviços.
Os dados são de uma pesquisa feita pelo SPC Brasil e pela CNDL em toda as capitais. Embora o percentual de consumidores que devem ir às compras seja elevado, a maior parte dos compradores está receosa para aumentar gastos na comparação com o ano passado, procurando manter o orçamento livre de dívidas.
Apenas 10% desses consumidores disseram que têm a intenção de desembolsar mais com os presentes. A maior parte (38%) planeja gastar a mesma quantia que em 2016, enquanto 27% pensam em diminuir. Os consumidores que não vão comprar presentes representam 25% da amostra e os indecisos são 2%.
Apenas um presente
O pagamento a vista será o meio mais utilizado pelos consumidores, citado por 65% da amostra, sendo que em 58% dos casos o pagamento será em dinheiro e em 6%, no cartão de débito. O cartão de crédito será usado por 23% dos entrevistados, seja em parcela única (7%), em várias parcelas (14%) ou no cartão de loja (2%). Entre os que dividirão as compras, a média é de quatro prestações por entrevistado.
Considerando a soma de todos os presentes adquiridos, o gasto médio do brasileiro no Dia das Mães deve girar em torno de R$ 127, sendo que entre os indivíduos da classe C esse valor cai para R$ 112. Mais da metade (52%), contudo, não sabe o quanto irá gastar com os presentes, o que evidencia o comportamento cauteloso do consumidor.
Neste ano, os produtos mais procurados serão as roupas (26%), perfumes (20%), calçados (11%), cosméticos (8%) e flores ou chocolates (7%). Produtos com ticket médio mais elevado, como eletrodomésticos e smartphones, tiveram apenas 5% e 3%, respetivamente, das preferências.
Metodologia
A pesquisa foi realizada pelo SPC Brasil e pela CNDL no âmbito do ‘Programa Nacional de Desenvolvimento do Varejo’ em parceria com o Sebrae. Foram ouvidos, pessoalmente, 849 consumidores de ambos os gêneros, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais do país. Para avaliar o perfil de compra, foram considerados 600 casos da amostra inicial que têm a intenção de comprar presentes. A margem de erro dessa amostra é de no máximo 4,0 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.
*Com informações CDL