Arqueólogos na Itália desenterraram 24 estátuas de bronze antigas, em uma fonte termal, em Toscana. A descoberta foi descrita como “excepcional” pelo ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, informou a Agenzia Nazionale Stampa Associata (ANSA).
As estátuas, das quais cinco têm quase um metro de altura, foram descobertas ao lado de milhares de moedas, oferendas e inscrições em etrusco e latim.
Para o arqueólogo Jacopo Tabolli, da Universidade para Estrangeiros de Siena, que liderou o projeto nos últimos três anos, a descoberta dá novos rumos sobre o fim da civilização etrusca e a expansão do Império Romano.
“Enquanto havia guerras sociais e civis sendo travadas, dentro do santuário, as grandes famílias etruscas e romanas da elite rezavam juntas em um contexto de paz cercado por conflitos. Esta possibilidade de reescrever a relação e a dialética entre etruscos e romanos é uma oportunidade excepcional”, explicou Tabolli.
As pesquisas tiveram o apoio do Ministério da Cultura da Itália e das autoridades locais, além da colaboração de mais de 60 especialistas de todo o mundo.
Acredita-se que o antigo complexo de banhos tenha existido desde pelo menos o século 3 a.C e permaneceu ativo até o século 5 d.C, disse o arqueólogo à ANSA.
Nos tempos cristãos, o local foi fechado – mas não destruído – e seus tesouros foram imersos nas águas termais quentes das piscinas, que foram seladas com pedra.
O ministro da Cultura, Gennaro Sangiuliano, aplaudiu a descoberta, “que confirma mais uma vez que a Itália é um país cheio de tesouros enormes e únicos”.
O diretor-geral dos museus estatais da Itália, Massimo Osanna, disse que o caso representa “a descoberta mais importante desde os Bronzes de Riace e certamente uma das descobertas mais significativas de bronzes já feitas na história do antigo Mediterrâneo”.
Osanna aprovou a compra de um edifício do século XVI para abrigar as estátuas recém-descobertas em San Casciano, com planos para criar um parque arqueológico na área no futuro, informa a ANSA.
Enquanto isso, os trabalhos de escavação serão interrompidos no inverno europeu, mas devem ser retomados na primavera, enquanto os especialistas realizam a restauração e estudos sobre os tesouros recém-emergidos.
Fonte: Uol
