ARACAJU/SE, 29 de novembro de 2024 , 0:37:36

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Manifestantes ocupam prédio da Câmara Municipal de Aracaju

Anderson Araújo

Da redação Correio de Sergipe

 

Manifestantes ocuparam o prédio da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), no final da manhã dessa sexta-feira (25), seguindo os atos públicos que aconteceram em todo país. Trabalhadores e famílias sem-teto se instalaram em todos os ambientes da Casa Legislativa.

 

Liderado pela Central Sindical Popular Conlutas (CSP), o movimento teve como objetivo confrontar os parlamentares, buscando explicações, por exemplo, sobre o aumento salarial dos vereadores, no entanto, não houve sessão.

 

Além dessa manifestação organizada pela CSP, houve também um ato liderado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras três centrais na porta da Unidade da Petrobras, no Tecarmo. O ponto principal pontos dos atos unificados é a luta contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que propõe o congelamento dos gastos públicos nos próximos 20 anos.

 

Protestos

 

Helinos Sabino, membro da CSP Conlutas, disse que a sexta-feira foi declarada como Jornada de Lutas, um dia de protestos, paralisações e greves em todo país, e em Aracaju não foi diferente. Desta forma, observa o sindicalista, a central marcou como primeiro ato uma manifestação na porta da Câmara Municipal para protestar contra o aumento salarial dos vereadores, aprovado pelos próprios parlamentares.

 

“É inadmissível que num momento como esse, em que os trabalhadores perdem seus empregos, aposentados e pensionistas da prefeitura estão sem receber em dias os seus provimentos, os vereadores aprovem um aumento salarial que passa de R$ 15.

 

Desemprego

 

O sindicalista observou, que até o IBGE distorce o número de desempregados, porque só considera quem está há quatro meses procurando trabalho. Quem está há um ano sem trabalho não entra nos dados estatísticos. “É preciso mostrar a realidade para a população, por isso, a CSP está lançando o SOS Emprego”, criticou.

 

Mas o ponto alto dos atos públicos, afirmou Helinos Sabino, é a PEC 55, que vai congelar os investimentos no país por 20 anos, o que certamente foi provocar mais desemprego, reduzir o poder aquisitivo e retirar os direitos dos trabalhadores, enquanto as verbas, por exemplo, para a educação e a saúde estão sendo desviadas para as instituições particulares.

 

“Essa manifestação é para alertar a população pelos malefícios da PEC 55, que está prevista para ser votada nesta terça-feira, 29”, conclui.
 

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