O comandante da Marinha, almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, defendeu, em meio à crescente instabilidade geopolítica que vive o mundo, uma maior atenção para a defesa das riquezas naturais e da soberania nacional.
O almirante argumenta que, com o que ele chama de “reordenamento” das esferas de influência e o acirramento da rivalidade entre grandes potências, a afirmação do poder naval nacional é essencial.
“Para o Brasil, detentor de peculiares atributos geoeconômicos, tal panorama demanda atenção e reclama ação deliberada, planejada e coerente com a estatura do Estado. Os recursos abrigados nos mares e rios, que integram o entorno estratégico brasileiro, constituem eixo estruturante para a economia e prosperidade da nação”, argumenta o almirante.
O subsolo brasileiro é considerado um dos mais ricos do mundo, com recursos naturais que variam de petróleo a minerais críticos e estratégicos.
A espionagem internacional está no radar da Marinha.
Em abril de 2023, a Marinha do Brasil precisou expulsar um navio alemão que realizava pesquisas sem autorização em águas jurisdicionais brasileiras, nas proximidades da Elevação do Rio Grande, uma área rica em minerais críticos e estratégicos.
“A magnitude dessas riquezas não passa incólume. É pois no mar, que convergem interesses difusos, legítimos ou não, tornando esse ambiente propício a oportunidades e potencial palco de dissensões”, afirmou o comandante da Marinha.
As declarações foram dadas no lançamento da fragata “Jerônimo de Albuquerque” (F201), a segunda das embarcações previstas no Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT) — considerado um dos mais inovadores projetos navais do país nas últimas décadas.
Fonte: CNN Brasil