No último domingo (16), a neurologista Valéria Cecília Carneiro de Almeida, de Aracaju, denunciou ter sido vítima de racismo durante um atendimento virtual. Um paciente branco, residente no Mato Grosso do Sul, exigiu que a médica mostrasse seu registro profissional antes de ser atendido, questionando a autenticidade de sua identidade como profissional de saúde.
A situação constrangedora ocorreu enquanto Valéria realizava um atendimento virtual por meio de uma plataforma de telemedicina. O paciente, ao entrar na sala de consulta, manifestou desconfiança e saiu, retornando minutos depois alegando ter agendado a consulta com outro neurologista.
A médica informou ao paciente que ela seria responsável pelo atendimento, mas ele insistiu em ver seu registro profissional, afirmando ser uma medida para “saber com quem estava falando”. Diante da falta de respeito, Valéria se recusou a dar continuidade ao atendimento.
Valéria Cecília registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil de Sergipe. A matéria será atualizada assim que houver retorno do contato com o CRM (Conselho Regional Médico) de Sergipe. O episódio evidencia a persistência do racismo em contextos profissionais, mesmo diante de profissionais de saúde com décadas de carreira.
Com informações do Uol
Na imagem acima, o paciente, filmado pela médica.
