ARACAJU/SE, 26 de novembro de 2024 , 6:25:42

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Médico italiano diz se arrepender de liderar atos antivacina

 

O médico italiano Pasquale Bacco afirmou que se arrepende de ter liderado o movimento antivacina no país nos últimos anos. Em entrevista ao jornal espanhol El Mundo, Bacco disse que evidências científicas o fizeram confiar na imunização contra covid-19 e na gravidade que a doença representa.

Bacco disse que o principal motivo que o fez questionar suas posições contra a vacina foi a morte de um jovem de 29 anos na Itália. O homem estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) tratando. Segundo Bacco, ele tinha vídeos do médico “propagando desinformação” acerca dos imunizantes no celular.

O médico afirmou que a família do jovem o abordou e disse que ele era uma fã dos seus discursos.

“Sinto que a morte foi minha culpa. E a coisa ainda me incomoda hoje. Não era uma crença para mim. Quando eu vi a realidade com meus próprios olhos, eu percebi que estava errado”, declarou Bacco.

O ex-líder antivacina declarou que o movimento é mantido por um “sistema” que envolve médicos, empresários, advogados e professores. Bacco disse que é como uma “religião” em busca de “vingança”, sem citar contra quem.

Para Bacco, os atos antivacina também têm objetivos políticos, pois o grupo atinge um eleitorado “considerável”. Essa visibilidade também atrai políticos influentes que se apropriam das pautas para ganhar nas urnas. Alguns chegam a financiar as manifestações.

O médico disse que foi um “covarde” por propagar as “teorias da conspiração” e relata que corre risco de morte por abandonar a organização. Bacco afirmou que agora pretende voltar à medicina. Ele afirmou que está vacinado contra o coronavírus e que vai “tentar remediar seus erros”.

Fonte: Poder 360

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