O Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed) convoca todos os médicos do Estado, independentemente de vínculo, para uma paralisação por 24 horas na próxima terça-feira, 31, em frente ao Palácio do Governo, situado na avenida Adélia Franco, a partir das 8h. A decisão foi deliberada em assembleia realizada no último dia 5 de outubro, com a participação dos 11 sindicatos da área da saúde.
De acordo com o Sindimed, o motivo para a paralisação se dá pela ausência de um posicionamento, por parte do Governo do Estado, para as questões que envolvem: reajuste salarial, situação dos empregados da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), concurso público, precarização, terceirização, dentre outras pautas relevantes.
O Sindimed também é contra a forma de contratação que o Estado tenta, à revelia, impor aos empregados da FHS, caso renove ou mantenha o vínculo com a FHS, por meio de Organizações Sociais (OSs).
Ainda conforme o Sindimed, os médicos e demais servidores da saúde vêm lutando desde março deste ano, com a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), do reajuste salarial para os médicos celetistas, mas sem avanço.
“O Estado quer, sim, renovar o contrato via Fundação Hospitalar de Saúde, mas quer ceder todos os médicos a uma Organização Social, médicos da Fundação Hospitalar de Saúde via CLT, ceder estatutários, ceder todos os tipos de vínculo via uma Organização Social. Isso é um absurdo sem tamanho. A gente tem que lutar para que tenha concurso público, para que o médico tenha estabilidade, independência e autonomia no seu local de trabalho, para que ele possa reivindicar melhores condições de trabalho, para que ele possa reivindicar reajuste salarial, para que ele possa reivindicar uma carreira digna. Então, faz-se necessário que os médicos se unam nesse momento, que a gente pare com essas discussões de corredores, oba-oba de WhatsApp, que a gente se engaje na luta e paralisemos no dia 31 por 24 horas”, afirmou o presidente do Sindimed, Dr. Helton Monteiro.
Helton também informou que o Sindimed teve a responsabilidade de enviar um Ofício para o governador Fábio Mitidieri, para o secretário de Saúde, Walter Pinheiro, e também para a Fundação Hospitalar de Saúde, avisando da paralisação.
“É importante frisar que 50 % das escalas serão mantidas, então, não há desculpa, participemos dessa mobilização não só o Sindicato dos Médicos, mas todas as categorias da saúde e também sindicatos da educação, do setor administrativo do Estado, todos estão engajados para que não haja mais terceirização no Estado, que haja concurso público e que a gente acaba com a terceirização”, convocou o presidente.