Da redação AJN1
Os médicos do município de Aracaju decidiram em assembleia realizada na manhã de hoje (6), manter a greve que já dura 20 dias. A paralisação já havia sido decretada ilegal pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE), Cesário Siqueira Neto, após ação impetrada pela Procuradoria Geral do Município de Aracaju.
A categoria reivindica reajuste salarial, com foco principal na tabela única de salários. Nesta quarta-feira (8), os médicos farão um ato público e nova assembléia na sexta-feira (10), para decidir os rumos da paralisação.
O vice-presidente do Sindicato dos Médicos (Sindimed), José Menezes, informou que a categoria ainda não foi notificada e nem ouvida Justiça. “Não recebemos a notificação de ilegalidade da greve. Estamos sem entender o posicionamento da Justiça, porque estamos dentro dos parâmetros legais, já que não fomos ouvidos e nem notificados. Para haver uma decisão, deveríamos ser ouvidos como a prefeitura foi, por isso decidimos pela continuidade da greve".
Com a greve, o atendimento médico nos postos de saúde e nos dois Centros de Especialidades de Aracaju (Cemar) foi suspenso afetando mais de 7.500 mil famílias do Programa de Saúde da Família (PSF). Apenas o atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) está funcionando com 50% do efetivo médico. A multa fixada pelo Tribunal de Justiça em caso do descumprimento da ordem judicial, que determina o retorno imediato às atividades, é de R$ 20 mil por dia.
Prefeitura de Aracaju
A Prefeitura de Aracaju informou que, “diante do quadro atual de crise no país e que tem afetado os municípios, a Prefeitura de Aracaju continua estudando possibilidades baseado no pleito dos servidores da saúde, para que assim, tenha condições de apresentar alguma proposta à categoria”.