Nesta sexta-feira, 16 de agosto, em memória ao marco histórico que levou o Brasil a ingressar na Segunda Guerra Mundial, o Memorial de Sergipe Professor Jouberto Uchôa, em parceria com o Grupo Sergipano de Estudos da Força Expedicionária Brasileira (GRUSEF), fomenta uma homenagem especial às vítimas dos torpedeamentos ocorridos em 1942 no litoral de Sergipe.
O evento, que contará com a participação de autoridades, pesquisadores e o público em geral, tem como objetivo revisitar esse episódio marcante na história do Brasil, além de honrar as vítimas do ataque e conectar-se com a história e preservar a memória dos acontecimentos que marcaram o Brasil durante a Segunda Guerra Mundial.
A noite de homenagens inclui a exibição do curta-metragem “Agressão em Águas Sergipanas”, dirigido por Epitácio Fonseca e Demócrito Diniz. O filme recria os eventos dos primeiros ataques alemães em águas territoriais brasileiras, que mobilizaram diversas cidades e órgãos em Sergipe.
Além da exibição, a professora doutora Roberta Rosa, arqueóloga sergipana, ministrará uma palestra sobre a busca pelos navios torpedeados, trazendo à luz detalhes históricos e descobertas recentes.
Os participantes também poderão visitar a sala “Segunda Guerra”, dedicada aos sergipanos que lutaram na Segunda Guerra Mundial. A sala destaca a coleção pessoal do General de Exército Walter de Menezes Paes e do jornalista Joel Silveira, dois notáveis sergipanos que participaram do teatro de operações na Europa.
Histórico
Em 15 de agosto de 1942, os três navios brasileiros foram atacados e afundados pelo submarino nazista U-507 (a menos de 10 km do continente). A ação da Kriegsmarine (a Marinha de Adolf Hitler) deixou cerca de 600 mortos no episódio. Diante do ocorrido, o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, declarou guerra contra o Eixo, formado por Alemanha, Itália e Japão.
Na ocasião, foi montada a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que embarcou para a Itália com o objetivo de lutar contra tropas fascistas e nazistas. O ataque, em Aracaju, causou mais mortes que a participação dos soldados na Guerra. De acordo com números oficiais da segurança do país, dos 20.573 brasileiros enviados, 467 morreram nos combates na Europa.