O Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa completou um ano de atividades retomadas em sua sede atual, na Orla da Atalaia, em Aracaju, consolidando-se como um dos mais importantes espaços de educação e valorização da cultura, da história e da identidade sergipana. Mantido pela Universidade Tiradentes (Unit) e pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), ele já recebeu cerca de 12 mil visitantes desde a sua reinauguração. Entre eles, estão grupos de alunos enviados por aproximadamente 250 escolas da capital e do interior do estado.
A maior parte deste público visitou um acervo composto por mais de 35 mil peças. Elas incluem mais de 200 obras de arte de artistas locais e cerca de 6 mil exemplares de livros, além de 100 mil fotografias. Juntas, elas buscam reconstituir a história de Sergipe, desde os vestígios pré-históricos aos momentos atuais, passando por momentos históricos e de evolução do Estado e do Brasil, além de mostrar aspectos e elementos da cultura, da tradição popular, do folclore, das cidades e das conquistas alcançadas por Sergipe em todos os seus setores.
Entre os destaques, está a ala dos Notáveis Sergipanos dedicada exclusivamente aos Notáveis Sergipanos, que marcaram época nas artes, na política e no esporte. São acervos exclusivos com objetos que pertenceram a estas personalidades. Um dos homenageados é o pugilista Adilson ‘Maguila’ Rodrigues, que morreu nesta quinta-feira, 24, aos 66 anos, em São Paulo. Nascido em Aracaju, Maguila se destacou como um dos grandes campeões do boxe brasileiro, com 85 lutas, obteve 77 vitórias, 1 empate e 7 derrotas, além de um título mundial dos pesos-pesados pela Federação Mundial de Boxe (WMF). A ala reúne cinturões, troféus e luvas doadas pela família de Maguila, além de uma estátua feita pelo primo do esportista.
“O Memorial é um ambiente onde o público pode se deparar com as diferentes facetas do estado, ampliando seu conhecimento e fortalecendo os laços com a cultura local. Ele tem se consolidado como um espaço de conhecimento e reflexão para o público sergipano. Essa experiência ajuda a despertar um interesse mais profundo pelo patrimônio cultural e pela história, oferecendo um contato direto com itens e fatos que moldaram o estado. Ao dar visibilidade a essas narrativas, ele contribui para que o público desenvolva um olhar mais atento sobre suas origens e a riqueza cultural de sua região”, ressalta a museóloga Sayonara Viana, diretora do Memorial de Sergipe.
Entre as contribuições do Memorial de Sergipe, está o uso de seu acervo como um insumo importante para a realização de pesquisas e a elaboração de trabalhos escolares e de conclusão de curso, bem como dissertações de mestrado e tese de doutorado. “Hoje, o museu é um espaço de educação, de ‘educação não formal’, como a gente chama na museologia, mas importante para como atividade complementar à escola. Nosso acervo oferece aos visitantes a oportunidade de conhecerem aspectos da história e da cultura do estado que, muitas vezes, não são abordados em sala de aula. Com as visitas escolares, estudantes de todas as idades têm acesso a histórias, documentos e objetos que ajudam a entender o passado e o presente de Sergipe. Essas visitas permitem que os alunos tenham contato direto com elementos que reforçam sua identificação como sergipanos”, diz Sayonara.
Eventos e diálogos
Além das exposições permanentes, o Memorial sediou diversos eventos e debates em seu auditório, além de exposições temporárias sobre o artista plástico estanciano Félix Mendes, sobre a história do Corpo de Bombeiros, sobre a riqueza cultural das festas juninas através de obras de artistas sergipanos, e sobre o trabalho artesanal das bonequeiras de São Cristóvão, Nossa Senhora das Dores e Simão Dias. “Essas exposições têm como objetivo ampliar a diversidade cultural e artística presente no Memorial de Sergipe, além de dar espaço para outros artistas exporem suas obras”, acrescenta Sayonara.
Os eventos também comemoram datas especiais do nosso estado, como a Emancipação Política (8 de julho), e o aniversário de Aracaju (17 de março). A comemoração mais recente foi o Dia da Sergipanidade, em 24 de outubro, nesta quinta-feira, que foi marcado pelo evento “Sergipanidades: Conhecer, Valorizar, Respeitar”, realizado em parceria com o Projeto Sergipanidades. Ele foi composto por uma programação voltada à promoção da diversidade cultural e dos recursos turísticos de Sergipe.
Serviço
O Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa está aberto para visitas de terça a sábado, das 10h às 16h. Os ingressos são vendidos a preços de R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia-entrada) e R$ 20,00 (egressos e funcionários da Unit). A entrada é gratuita para crianças menores de 6 anos, professores e estudantes das redes públicas, museólogos, militares e pessoas com deficiência.
Outras informações podem ser conferidas no site https://memorialdesergipe.com.br/
Fonte: Asscom Unit, com informações do Memorial de Sergipe