Com a palestra ‘A Cultura da Inclusão: o abre-alas do Museu à memória e a história’, o Memorial do Judiciário e o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE) deram início, nesta terça-feira (24), à programação da 18ª edição da Primavera dos Museus, evento que visa a promoção, divulgação e valorização dos museus brasileiros.
Nesta edição, a Primavera dos Museus tem como tema ‘Museus, Acessibilidade e Inclusão’. “O objetivo desta edição é dialogar com a sociedade e promover ambientes mais acessíveis e enriquecedores nos diversos espaços que guardam a memória. Por isso, o Memorial e o Instituto Histórico se uniram para fomentar esse debate que foi proposto pelo Instituto Brasileiro de Museus, o IBRAM”, explicou Silvia Resnati, diretora do Memorial.
As palestras foram ministradas pelo jornalista Lucas Aribé, pela presidente do IHGSE, professora Aglaé D’ávila Fontes, e pelo diretor do Museu Galdino Bicho, o professor Fernando Aguiar. Eles abordaram o histórico contexto de exclusão das pessoas com deficiência nos diversos espaços sociais, bem como a necessidade de remoção de barreiras arquitetônicas, urbanísticas, comunicacionais, atitudinais ou tecnológicas em museus.
A história da inclusão em Sergipe, pontuando os avanços e os desafios no âmbito de acesso à cultura, especialmente na questão dos museus, foi abordada pelo jornalista Lucas Aribé. “Estamos trazendo a mensagem de que deve existir um esforço coletivo de pensar a inclusão não como um privilégio para alguns, porque, na verdade, a acessibilidade é direito de todos. Se a acessibilidade nos fosse apresentada como prática, conforme se desenhou na legislação, não precisaríamos estar ainda em 2024 discutindo o que pode ser feito para tornar esses espaços acessíveis”, salientou.
A professora Aglaé D’Ávila celebrou a parceria entre o Instituto Histórico e Geográfico e o Memorial do Judiciário. Lembrou que o Palácio Sílvio Romero foi a primeira sede do IHGSE há 112 anos. “Além de estar integrado à Primavera dos Museus com o IBRAM, nós estamos aqui na casa onde o Instituto Histórico nasceu, e que hoje abriga o Memorial do Judiciário. Estamos entrelaçando mais essa amizade que já tem 112 anos, porque essas duas instituições se identificam muito no empenho em manter viva a memória, a história, na salvaguarda de documentos”, afirmou.
A Primavera dos Museus é uma ação anual, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). O objetivo é mobilizar os museus brasileiros a elaborarem programações especiais que promovam uma relação entre os museus e sociedade, por meio da abordagem de temas de interesse e relevância social.
“Anualmente as instituições que trabalham com memória, os museus, cadastram toda uma programação que é pensada a partir de uma orientação do IBRAM. Neste ano, nós estamos trabalhando para acelerar e garantir direitos para as pessoas com deficiência. Mas, para além de tudo, buscamos acelerar o acesso à informação, o acesso à comunicação o acesso à memória incluindo todos os públicos”, ressaltou o professor Fernando Aguiar.
A programação terá continuidade na quinta-feira, dia 26, com a palestra ‘Audiodescrição como Ferramenta de Inclusão nos Museus’, que será ministrada pela mestranda da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Maria Magna Correia Nogueira. Serão discutidas técnicas e boas práticas para criar descrições detalhadas e precisas de obras e exposições.
Fonte: TJ-SE
