ARACAJU/SE, 27 de agosto de 2025 , 21:16:58

Ministério da Saúde vai rescindir contrato de compra da Sputnik V

 

O Ministério da Saúde decidiu rescindir o contrato para a compra de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. De acordo com informações do jornal Valor Econômico, o anúncio só depende da conclusão de análises jurídicas.

Para justificar a decisão, a pasta pretende argumentar que o imunizante não conseguiu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que seria uma das exigências do contrato.

A Anvisa chegou a autorizar, com restrições, a importação excepcional de um pequeno volume de doses da vacina, no dia 4 de junho.

O imunizante, porém, só poderia ser aplicado depois da aprovação de cada lote pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Além disso, apenas pessoas jovens e sem comorbidades poderiam receber a vacina.

Não bastassem todas essas dificuldades, o cenário atual apresenta maior oferta de imunizantes. O ministério espera receber cerca de 80 milhões de doses apenas em agosto e pretende vacinar todos os maiores de 18 anos até novembro.

Diante disso, a conclusão é que não faz mais sentido insistir com a Sputnik V, assim como aconteceu com a Covaxin que teve o contrato de compra suspenso.

No caso da vacina russa, há um contrato de 37 milhões de doses firmado com o consórcio de governadores do Nordeste.

Prazo de 48 horas para decidir

Na quarta-feira (21), em reunião com governadores do Consórcio Nordeste, o Fundo Russo Krill Dmitriev pediu um prazo de 48 horas para decidir se enviará as doses ao Brasil.

Apesar do consórcio de governadores ter anunciado a previsão de chegada de 1 milhão e 145 mil doses para o próximo dia 28, na reunião dessa quarta-feira, os russos informaram que precisam pensar sobre o assunto.

A principal justificativa é que o Ministério da Saúde tem sinalizado que não vai incluir a Sputnik V no Programa Nacional de Imunização (PNI).

Em entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que tanto a vacina russa quanto a indiana Covaxin não devem entrar no PNI, pois o país já garantiu 600 milhões de doses de outras vacinas contra a covid-19.

Queiroga ressaltou ainda a dificuldade enfrentada pelos imunizantes de liberação na Anvisa.

Fonte: Jornal Estado de Minas

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