ARACAJU/SE, 22 de setembro de 2025 , 18:40:08

Missa do Cangaço é adiada em virtude da pandemia do coronavírus

Da redação, Joangelo Custódio

Este ano, em virtude da pandemia da covid-19, não haverá a 23ª edição da Missa do Cangaço, que tradicionalmente acontece no dia 28 de julho no Monumento Natural Grota do Angico (Mona), data e local onde Virgulino Ferreira da Silva (o Lampião) e seu bando foram mortos por tropas alagoanas. As execuções ocorreram há 82 anos, mas, como forma de avivar esse capítulo da história nordestina, nas duas últimas décadas uma caravana de pesquisadores, historiadores e fãs do Cangaço prestigiam o evento, organizado pela neta de Lampião, Vera Ferreira.

“Aqueles que estavam acostumados a prestigiar este evento, pedimos que não compareçam, porque todas as entradas da Grota estarão fechadas e monitoradas. Esperamos que, nosso próximo ano, possamos nos encontrar mais uma vez”, disse Emanuel Rocha, gestor do Monumento Natural Grota do Angico, unidade de conservação gerida pela Superintendência do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, situada na divisa dos municípios de Poço Redondo e Canindé de São Francisco, Sertão do Estado.

Foto: Hunald Junior

Morte de Lampião

O bando de Lampião acampou na fazenda Angicos, Sertão de Sergipe, no dia 27 de julho de 1938. A área era considerada por Virgulino como de extrema segurança, longe das vistas das forças policiais. Mas na manhã do dia seguinte, os cangaceiros foram vítimas de uma emboscada, organizada por soldados do estado vizinho, Alagoas, sob a batuta do tenente João Bezerra. De acordo com pesquisadores, o combate durou somente 10 minutos.

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