A Secretaria Municipal da Assistência Social e Cidadania de Aracaju (Semasc) iniciou nesta sexta-feira (13), a abordagem social junto à população em situação de rua. Equipes irão percorrer vários pontos da cidade, nos três turnos, para identificar famílias e indivíduos que se encontram expostos a situações de risco.
A ação foi iniciada na rótula da avenida Hermes Fontes, próximo ao posto de Saúde Sinhazinha, e contou com a participação de uma equipe multidisciplinar composta por educadores sociais, assistentes sociais, conselheiros tutelares e técnicos das equipes dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e do Centro Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP).
"A ideia é conhecer a história dessas pessoas e os motivos que as levaram às ruas. Essa abordagem é o primeiro passo para que possamos traçar os encaminhamentos aos serviços mais adequados, caso a caso. Iremos trabalhar arduamente para que possamos atendê-los da melhor forma. Estamos retomando um trabalho que esteve paralisado por muito tempo, então, é um momento de reconstruir o diálogo e um vínculo de confiança. Este serviço não será pontual, será um trabalho continuado", ressalta Inácia Brito, diretora de Proteção Social do Sistema Único da Assistência Social (SUAS).
Além da identificação das pessoas, a abordagem visa diagnosticar as condições de vida desse público, suas estratégias de sobrevivência e aspirações para que sejam propiciadas as condições de acesso à rede de serviços e a benefícios assistenciais, de acordo com os requisitos legais.
"Nós não vemos os indivíduos só pela necessidade material, mas também pelas questões subjetivas que a pobreza afeta. Estamos dando uma nova configuração às abordagens no sentido de realizar um trabalho integrado entre os equipamentos da Assistência. Nessa primeira abordagem temos duas situações: pessoas que são de comunidades, mas estão nas ruas sobrevivendo da mendicância, como é o caso da maioria aqui, e as pessoas que vivem em situação de rua desde a infância. Essa população queixava-se de que antes as pessoas chegavam, falavam e iam embora. Não existia nenhuma ação após a abordagem. Nós queremos transformar esses dados em ação que mude a vida das pessoas", assegurou Lucimeire Amorim, gerente de média complexidade PSE.
Para a secretária municipal da Assistência Social e Cidadania de Aracaju, Eliane Aquino, a retomada da abordagem social demonstra a preocupação que a atual gestão terá com aqueles que mais precisam. "Estamos aqui para trabalhar para todos os aracajuanos, mas sabemos de nossa responsabilidade junto àqueles que mais precisam. Foi visível o crescimento do quantitativo de pessoas sobrevivendo nas ruas de Aracaju. Agora toda a equipe da Semasc está bastante empenhada em traçar estratégias de atendimento a esse público. Agradeço ainda ao apoio dos conselheiros tutelares, fundamentais nesse processo no tocante ao acompanhamento da violação de direitos a que as crianças e adolescentes estão expostos. Sem dúvida, ainda há muito a ser feito e não temos tempo a perder", afirmou.
Fonte: Ascom Semasc