ARACAJU/SE, 24 de outubro de 2024 , 13:36:56

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Moradores do Parque dos Faróis se dizem reféns do medo e da violência

Da redação, Ailton Sousa

 

Os constantes assaltos a estabelecimentos comerciais e arrastões em pontos de ônibus no Parque dos Faróis, em Nossa do Socorro, têm feito dos moradores reféns dos criminosos. Por medo, comerciantes tem encerrado suas atividades e imóveis estão sendo postos à venda.

 

Na tarde de ontem (14), o empresário Edson Brabec Barreto, 59, foi morto durante o suposto assalto. A vítima estava em um terreno na rua 32, quando foi surpreendida pelos criminosos. Mesmo sem reação, Brabec foi baleado e morreu enquanto recebia atendimento médico do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).

 

Segundo populares, os arrastões nas ruas da localidade acontecem a qualquer hora do dia ou da noite. “Nós vivemos com medo. A gente até observa a polícia fazendo rondas, mas isto não tem sido suficiente para intimidar os criminosos", lamenta um comerciante, que preferiu não se identificar.

 

Nos últimos dias, a ação de quatro homens em um veículo Corola de cor preta aumentou o temor da comunidade. "Na última terça-feira, logo cedo da manhã, várias pessoas esperavam o ônibus, quando os desconhecidos fizeram a abordagem e depois fugiram com aparelhos celulares e dinheiro. Não sabemos a quem apelar", ressalta o pedreiro José dos Santos.

 

Os criminosos também costumam agir em motos. "Estamos com medo de sair de casa. Desconhecidos ficam circulando em motos e só esperando o momento para agir. Eles chegam mostram o cabo da arma para intimidar e quando o celular não é do modelo novo, fazem ameaças e tiram onda com a vítima", diz Rosilda da Silva.

 

Grades e câmeras não têm sido suficientes para afugentar os assaltantes. “Fui obrigado a fechar definitivamente a farmácia. Já estava trabalhando para sustentar bandido”, lamentou um comerciante, acrescentando que não observa nenhuma alternativa para melhoria para segurança. “O que a gente sabe é que a polícia prende, mas pouco tempo depois a justiça solta. Ficamos com medo até de denunciar os crimes”.  

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