Morreu na madrugada desta quinta-feira (15), aos 64 anos, o tecladista e fundador do RPM, Luiz Schiavon. Ele vinha tratando uma doença autoimune há quatro anos. A informação foi confirmada pela família do músico nas redes sociais. De acordo com a nota, o artista teve complicações durante uma cirurgia em decorrência e não resistiu. Schiavon estava internado no Hospital São Luiz, em Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo.
Os familiares também anunciaram que cerimônia de despedida será reservada apenas para pessoas próximas. “Luiz era, na sua figura pública, maestro, compositor, fundador e tecladista do RPM, mas acima de tudo isso, um bom filho, sobrinho, marido, pai e amigo”, diz a mensagem da família. Antes de volta ao hospital este ano, ele chegou a passar 18 meses internado.
“Esperamos que lembrem-se dele com a maestria e a energia da sua música, um legado que ele nos deixou de presente e que continuará vivo em nossos corações. Despeçam-se, ouvindo seus acordes, fazendo homenagens nas redes sociais, revistas e jornais, ou simplesmente lembrando dele com carinho, o mesmo carinho que ele sempre teve com todos aqueles que conviveram com ele”, complementa o comunicado.
Com as canções “Olhar 43”, “Revoluções por minuto” e Rádio pirata” estouradas nas rádios, a banda caiu na estrada com um grande show, com direção de Ney Matogrosso, raio laser, teclados eletrônicos de última geração e a sensualidade de Paulo Ricardo.
O LP seguinte, “Rádio pirata ao vivo”, lançado em 1986, alçou o RPM a um nível de estrelato poucas vezes visto no Brasil — o disco venderia mais de 2,5 milhões de cópias e levaria o grupo a viver cenas da mais pura beatlemania, com muitas histórias de sexo, drogas e rock’n’roll.
O fim do grupo em 1989 foi apenas o primeiro: ele voltaria outras vezes. Nos intervalos do RPM, P.A. chegou a ter até um grupo com Paulo Ricardo, o PR.5, de curta duração.
Fonte: O Globo