Da redação, AJN1
Morreu nesta quarta-feira (26), o porteiro do CCPA, Carivaldo Alves Santos, 61, o seu “Cari”, como era carinhosamente chamado e conhecido por alunos, ex-alunos, direção e colaboradores da escola. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências Governador João Alves Filho, em Aracaju, para tratamento de uma neoplasia onco-hematológica. O corpo está sendo velado na escola e o sepultamento está previsto para às 10h no cemitério São João Batista. Ele era casado e deixa um filho.
A história profissional de Carivaldo se confunde com a do CCPA. Ele trabalhou na construção da escola da zona Sul e após a sua inauguração em 1975 passou a trabalhar como porteiro.
Em nota publicada em sua conta no Instagram, o CCPA lamentou a perda e lembrou da pessoa e profissional que era Cari. “A história do CCPA se confunde com este nome. Ele trabalhou na construção do CCPA Sul e depois tornou-se porteiro da escola. Ele foi uma das pessoas mais queridas que por aqui assaram. Tudo aconteceu muito rápido, e a nossa ficha ainda não caiu. Nos últimos dias, acompanhamos uma corrente de solidariedade e orações sem precedentes. Todos queriam ajudar aquela pessoa que, por toda vida, espalhou seu sorriso simples, sincero e cativante. As redes sociais receberam um tsunami de publicações desejando saúde e pedindo orações.
Seu Cari, como era carinhosamente chamado por todos, foi uma pessoa do bem. Desafiamos encontrar alguém que tenha algo a reclamar de Cari. Na última vez, em que o vimos, mesmo com dificuldade, sem a mesma energia de outrora, ainda conseguia sorrir e brincar. Mas a morte o levou aos 61 anos de idade. Tirou-nos uma joia preciosa, que brilhava na entrada do CCPA. Apagou-se uma chama de afeto que transmitia, logo na chegada, a filosofia e o pensamento daquilo que sempre vivenciamos, desde a fundação da escola. Vai ser difícil chegar no CCPA e não ouvir o seu bom-dia. Mas, alheia a tudo, a vida segue o seu rumo. Guardaremos as boas lembranças com uma imensa saudade e com a alegria por tê-lo conhecido. Sentimos um grande orgulho por termos trabalhado com alguém de alma tão pura de sentimentos. Fica, pois, a saudade de uma pessoa inesquecível que se fez presente nas nossas vidas e que marcou para sempre o nosso coração. Vá em paz, seu Cari”.
O subdiretor do CCPA, Marcos Vinicius, também se pronunciou sobre a morte de Cari. “Hoje, a minha homenagem àquele que iluminava nosso dias com o sorriso mais sincero e o BOM DIA mais gostoso que podíamos ouvir. Conheço Cari há muito anos. NUNCA o vi triste, insatisfeito ou reclamando de alguma coisa. Sempre tinha uma brincadeira para tirar com a gente recebendo-nos com a perfeição de um mestre na arte que se dispões a trabalhar. Durante todo esse tempo soube admirar a sua figura sempre presente na porta do colégio. Tranquilo, alegre, sempre prestativo. No dia de hoje todas as salas do CCPA, mesmo que virtuais, irão se calar para prestar uma última homenagem. Escola somos todos nós que passamos a conviver, diariamente, como uma grande família. Escola somos nós que diariamente trocamos experiências. Cari foi além. Ele colocou pedras e levantou as paredes que construíram esta escola. Se pudesse brincar uma última vez como você, diria para você procurar S. Pedro e pedir as chaves do céu. Parece que vejo você dizendo: – Deixe comigo, meu velho. Depois de mais de 2000 anos você deve estar cansado. Agora é comigo. Fecho os olhos e me concentro para ouvir a sua voz. E retribuo, com todas as minhas forças: Bom dia Cari. Segue em paz, meu grande amigo”.
A procuradora Municipal de Lagarto, Marilia Menezes, que é ex-aluna do CCPA publicou: “Estou arrasada pq ele fez parte da minha vida assim como o CCPA! Deus o receba da forma como ele nos recebia, com muito amor!”
