O governo da Turquia atualizou para 3.419 o número de mortos devido ao terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o país e a Síria na noite deste domingo. Outras 20.426 pessoas ficaram feridas.
Já na Síria são pelo menos 1.602 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde sírio, com 3.500 feridos. Com isso, o número total de corpos encontrado até o momento é de 5.021.
O que aconteceu?
O número de mortos, porém, pode ser ainda maior. Segundo a organização Capacetes Brancos, grupo de socorristas na Síria, outras 700 pessoas teriam morrido —o número, porém, não é oficial.
Na Turquia, ao menos 3.471 prédios ficaram destruídos e buscas por vítimas soterradas continuam.
A maior parte dos mortos na Síria está nas cidades de Aleppo, Hama, Latakia e Tartus, muito atingidas pela guerra no país, que começou em 2011.
Horas depois do primeiro terremoto, um tremor secundário de magnitude 7,6 atingiu o sudeste da Turquia — a 4 km da região mais atingida pelo primeiro terremoto.
O segundo tremor foi confirmado por autoridades turcas, mas o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) fala em magnitude de 7,5, às 13h24 no horário local (7h24 no horário de Brasília).
Consequências do tremor?
Um castelo de ao menos 2 mil anos foi destruído com os tremores de terra.
O gás foi cortado em toda a área e, em pelo menos três províncias da Turquia, houve danos na rede com registros de explosões.
Pelo menos três aeroportos turcos foram fechados: Hatay, Maras e Gaziantep. A pista do terminal de Hatay ficou destruída. Além disso, a neve e as tempestades que atingiram a região impediram o tráfego em outros aeroportos, incluindo o de Diyarbakir.
Todas as escolas da Turquia foram fechadas até 13 de fevereiro, para que todas as províncias possam administrar a situação e familiares possam acessar as áreas atingidas, se necessário, contando com as unidades escolares para ter acomodação e alimentação.
Moradores das províncias de Dohuk e Mosul, no Iraque, afirmaram ter sentido “um leve tremor” na região, segundo a Al Jazeera.
Os tremores de terra foram sentidos até na Groelândia, a mais de 5,5 mil quilômetros de distância da Turquia, segundo informou à AFP o Instituto Geológico dinamarquês.
O que dizem as autoridades
O terremoto foi considerado pelo presidente turco como o mais letal desde 1939, quando cerca de 33 mil pessoas morreram. Em 1999, outro tremor de terra matou ao menos 17 mil pessoas.
Os socorristas definiram a situação como “catastrófica” em postagem no Twitter e pediram às organizações humanitárias internacionais para “intervir rapidamente” para ajudar a população local.
O presidente Lula manifestou sua solidariedade aos países atingidos pelo tremor: “Olhamos com preocupação para as notícias vindas da Turquia e Síria, após terremoto de grande magnitude. O Brasil manifesta sua solidariedade com os povos dos dois países, com as famílias das vítimas e todos que perderam suas casas nessa tragédia.”
O Ministério das Relações Exteriores disse que não há informações de brasileiros entre os mortos ou feridos. Mais cedo, o ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil na Turquia, Marcelo Marotta Viegas, confirmou que há brasileiros entre os desabrigados em entrevista à BandNews FM.
O governo disse ainda que está providenciando formas de oferecer ajuda humanitária às populações afetadas pelo terremoto, por meio da Agência Brasileira de Cooperação e em coordenação com os países das áreas atingidas.
Alemanha, França, Itália, Ucrânia e União Europeia se manifestaram em tom apoio à Turquia e à Síria após os terremotos.
Emmanuel Macron, presidente da França afirmou que o país “está pronto para fornecer ajuda de emergência às populações no local”. Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, expressou sua “solidariedade às pessoas afetadas”, e destacou que “a Proteção Civil italiana já tem disponibilidade para contribuir com os primeiros socorros”.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, falou em “consternação” diante da tragédia, sobretudo com “o crescente número de mortos”.
Fonte: Uol