Da redação, AJN1
Mais de duas mil famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam desde o início da manhã desta segunda-feira (4) a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, em Aracaju. O protesto, coordenado pela Frente Nacional de Luta (FNL), é contra a nova superintendência do Incra e tem como objetivo garantir a efetivação do plano estadual de assentamento das famílias. Os manifestantges trouxeram barracas, redes e colchões e pretendem permanecer no prédio por tempo indeterminado.
Segundo a assessoria de comunicação do movimento, nada mudou desde a última ocupação da Superintendência do órgão durante a mobilização nacional em protesto contra a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por moradias populares e pela restruturação do Incra. A informação é que o governo federal manteve paralisada a reforma agrária e retirou importantes atribuições do Incra.
Ainda de acordo com a assessoria do movimento, o presidente interino Michel Temer cancelou a chamada pública que estava programada para contratar entidades de assistência técnica e extensão rural (ATER) para apoiar a gestão e a qualificação de mais de 930 associações e cooperativas da agricultura familiar e da reforma agrária em todo o país, para participarem dos mercados institucionais e privados.
Com a ocupação, o MST visa chamar a atenção do governo federal para a necessidade urgente de viabilizar terra para assentar as famílias acampadas no estado. O movimento reivindica desapropriações de terras para reforma agrária e acesso a políticas de desenvolvimento, como educação e assistência técnica, além de ações que viabilizem projetos produtivos e segurança hídrica nos acampamentos e assentamentos.
A assessoria de comunicação do Incra informou a reportagem do AJN1, que está conversando com os líderes do movimento para tomar conhecimento da pauta de reivindicação.