ARACAJU/SE, 24 de novembro de 2024 , 8:55:12

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“Nas grandes catástrofes humanitárias, somos um povo solidário. Nos outros momentos, não nos preocupamos”, diz herdeiro do Itaú

 

Cerca de 65% dos brasileiros dão esmola. Já quando assunto é doação de bens, como roupas, alimentos e objetos, cerca de 48% da população é adepta. Depois aparece o dízimo, prática comum entre 38% da população; doação de sangue (33%) e apoio a organizações da sociedade civil (28%). Apenas 17% dos brasileiros estão dispostos a serem voluntários, doando seu próprio tempo.

Os dados são do estudo “Retrato da Solidariedade –Comportamento Pró-Social no Brasil”, da Fundação Luiz Egydio Setúbal, obtido pela Folha de S. Paulo com exclusividade.

A pesquisa foi feita pela Quaest a pedido da fundação e ouviu 2.545 pessoas maiores de 18 anos em dezembro de 2023. As entrevistas foram presenciais em domicílios de 120 cidades, pelas cinco regiões do país. A margem de erro é de 2% e o nível de confiança é de 95%.

“Somos um País que tem a cultura de doação por impulso. Nas grandes catástrofes humanitárias, somos um povo solidário. Nos outros momentos, não nos preocupamos. A cidadania não é um traço cultural do brasileiro, não somos um país cidadão”, disse José Luiz Egydio Setúbal, que está à frente da fundação que leva seu nome. Ele é médico pediatra e um dos herdeiros do Itaú.

No caso das doações a organizações sociais, 43% dos brasileiros doaram entre R$ 100 e R$ 500 no ano. E outros 34% doaram até R$ 100. A mediana foi de R$ 200 ao ano em 2023 – ou seja, menos de R$ 17 por mês.

Essas doações, em sua maioria (83%), aconteceram sem planejamento, com os doadores decidindo os valores na hora. Apenas 11% dos entrevistados determinam um valor fixo para doações por ano. Já outros 6% definem um percentual a partir de seus ganhos e 3% fazem doações por meio do Imposto de Renda.

Fonte: Terra

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