Da redação, AJN1
No Dia do Professor, comemorado nesta quinta-feira (15), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese) realizou um protesto no período da manhã, em frente ao Palácio dos Despachos, sede do governo estadual em Aracaju, com o objetivo de cobrar do governador Belivaldo Chagas melhores condições de trabalho e valorização salarial.
De acordo com a presidente do Sintese, Ivonete Cruz, o ato tem objetivo de “mostrar que os professores de Sergipe, no seu dia, querem comemorar, sim, mas exigem respeito em relação as condições de trabalho e a valorização salarial. Não aceitamos parabéns dos gestores que vêm nos massacrando ano a ano de forma cruel”.
Segundo a sindicalista, a classe, no ano de 2020, vive um dos momentos mais difíceis dos últimos tempos. “Vivemos uma pandemia, sendo obrigados a ministrar aulas remotas sem quaisquer condições de trabalho asseguradas pelo Estado. Ao mesmo tempo em que somos massacrados por uma política cruel dos Governos Jackson e Belivaldo, de congelamento salarial e destruição do Plano de Carreira”, critica.
Ivonete também questiona a subtração de 14% dos vencimentos dos professores aposentados, após a reforma da Previdência.
O que diz o Governo
Sobre os questionamentos do Sintese, o superintendente de Comunicação do Governo, Givaldo Ricardo, afirma que o Brasil e o mundo vivem as mesmas condições, com relação às aulas remotas durante a pandemia da covid-19.
“As condições de aulas remotas no Brasil e no mundo não são ideias. Elas são alternativas que surgiram com a pandemia que ataca o mundo inteiro e que atacou Sergipe. Não são as condições ideais para dar aulas remotas, mas elas estão acontecendo com o maior esforço e da melhor forma possível”, diz o superintendente.
No tocante às reivindicações relacionadas à defasagem de salário, Givaldo foi taxativo ao informar que existe um piso salarial do professor e que Sergipe cumpre o seu papel. “Em Sergipe, nenhum professor ganha como vencimento básico abaixo do piso salarial nacional do magistério”.
Sobre os 14% de desconto na folha dos aposentados, Givaldo diz que, na adequação estadual, após a reforma nacional da previdência, houve mudança de alíquota para servidores aposentados, dependendo da remuneração. “Portanto, não há um desconto direcionado ao magistério, essa alíquota tem a ver com a reforma da previdência e em Sergipe houve uma adequação”, conclui.
