As mudanças nas normas de inspeção de bagagens e revista de passageiros nos aeroportos brasileiros implementadas a partir de hoje (18) alteraram a rotina dos voos domésticos e geraram filas nas áreas de embarque de várias cidades na manhã desta segunda-feira.
As novas determinações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para aumentar a segurança dos passageiros incluem revistas aleatórias e retirada de equipamentos eletrônicos das bagagens de mãos e líquidos em voos domésticos.
Passageira assídua nos aeroportos do país, a vlogueira Amanda Guimarães, 28 anos, estranhou a rotina de checagem na hora do raio-x, quando embarcou no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, para o Rio de Janeiro. “A fila estava demorada, porque pediram a todos para abrir as malas. Acho que atrasou alguns voos por conta disso”, disse Amanda.
O engenheiro de telecomunicações Felipe de Andrade Toneti, 31 anos, também enfrentou fila no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na hora de embarcar.
“Havia uma fila de 300 metros. Eles informaram que era por causa do pente fino devido às Olimpíadas. Houve um grande transtorno, porque pessoas tinham chegado meia hora antes, porque tinham feito o check-in em casa e podiam perder o voo. Também causou atrasos em muitos voos. Minha bolsa teve de ir e voltar duas vezes [no raio-x], por causa do laptop e dos medicamentos, Foi um processo diferente do comum”, afirmoi Felipe.
Para a estudante Dayane Souza Lopes, 20 anos, a revista foi rígida no aeroporto de Curitiba, onde ela pegou um voo para o Rio de Janeiro. “Pediram para a tirar a bota, porque, quando passei, no raio-x apitou. Quem tinha laptop estavam pedindo para tirar da bolsa. Apesar disso, até que a fila andou rápido, cerca de uns 20 minutos”, acrescentou.
A Anac orienta os passageiros de voos domésticos que cheguem ao aeroporto mais cedo, com pelo menos uma hora e meia ou duas horas de antecedência e, no caso de voos internacionais, com três horas de antecedência.
Amanhã (19), as forças de segurança e defesa realizam treinamento integrado de enfrentamento a ameaças externas no RIOgaleão /Aeroporto Internacional Tom Jobim. O objetivo é colocar em prática o planejamento e as ações de resposta em um cenário crítico visando os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
Flávia Villela – Repórter da Agência Brasil