ARACAJU/SE, 30 de outubro de 2024 , 16:18:07

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Números de homicídios em Sergipe ainda assustam

Da redação, Joangelo Custódio

O estado de Sergipe, nos últimos anos, vem passando por sérios problemas em diversos setores que impactam diretamente a qualidade de vida da população. Um deles é a segurança pública. E essa não é uma afirmação fundamentada em achismo.

De acordo com relatório divulgado pela Secretaria de Segurança Pública nesta quinta-feira (4), apenas no primeiro trimestre deste ano foram contabilizados 200 homicídios dolosos. Quando comparado ao mesmo período de 2018, houve uma redução de 33,8%.

O índice ainda é muito elevado e não há o que se comemorar, principalmente depois da saída das tropas da Força Nacional do Estado após mais de dois anos ajudando no combate à criminalidade.

A título de curiosidade, no Estado vizinho, Alagoas, com mais de 3,3 milhões de habitantes, foram 411 homicídios nesses três meses, segundo informações do Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac) da SSP-AL. Na Bahia,só em janeiro, foram 433 casos.

É bom lembrar que em agosto de 2018, o Anuário de Segurança Pública disse que Sergipe, o menor estado da federação, caiu da 1ª para 6ª posição, com a taxa de 55,7 no número de homicídios por 100 mil habitantes. A estatística ainda era pior: estudo do Atlas da Violência, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, tendo como análise os anos entre 2006 e 2016, afirmou que Sergipe chegou a ter taxa de 64,7 no número de homicídios por 100 mil habitantes, considerada a maior do país.

Tendência?

Para a SSP, a perspectiva é que o ano de 2019 estabeleça uma redução ainda maior que em 2018. A delegada-geral da Polícia Civil, Katarina Feitoza, frisou que o trabalho integrado e a união de força vêm somando resultados. “São dados muito expressivos e importantes que trarão uma sensação de segurança a nossa população. Esses dados, para nós operadores da segurança pública, são mais importantes ainda porque nós conseguimos perceber que o trabalho integrado, entre Polícia Civil, Polícia Militar, Bombeiros e Perícia, vem surtindo efeito e o planejamento e a execução dele estão caminhando na direção certa”.

Já o comandante-geral, coronel Marcony Cabral, destacou que os resultados vão continuar trazendo reflexos positivos para a sociedade. “O nosso trabalho é um tripé: valorização profissional, inteligência policial e trabalho integrado. Este tripé trouxe a segurança pública para um cenário diferenciado, com essa redução demonstrada hoje. A população pode ficar tranquila que o trabalho da segurança pública, com os nossos policiais militares, tem sido efetivo e vai continuar dando o resultado que nós queremos”, concluiu o coronel.

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