A Organização Mundial da Saúde (OMS) está observando de forma mais atenta a variante “EG.5”, que foi decretada “variante de interesse ” no começo de agosto. Chamada de Eris, a variante do vírus que causa a covid-19 vem da linhagem da ômicron.
A EG.5 já foi identificada em 51 países, segundo a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), e rapidamente se tornou dominante nos Estados Unidos e Japão.
Ela possui mutação no proteína Spike, causando escape imunológico, de acordo com a OMS. A proteína Spike é a parte do vírus que está associada à capacidade de infecção nas células humanas e é um dos principais alvos dos anticorpos neutralizantes produzidos pelo organismo para bloquear o vírus.
Segundo a OMS, não houve alterações relatadas na gravidade da doença até o momento em pessoas infectadas pela variante EG.5.
De acordo com a OMS, a EG.5 pode se espalhar globalmente e causar um aumento no número de casos, muito embora, de acordo com base nas evidências disponíveis, “o risco à saúde pública seja avaliado como baixo em nível global, semelhante ao risco de outras variantes atuais de interesse”.
Até o momento, os sintomas causados pela Eris não diferem das outras variantes da covid-19. Assim, a covid-19 pode causar:
- Dor de cabeça;
- Febre;
- Dor de garganta;
- Cansaço;
- Eventualmente perda de olfato e paladar.
BA.6
Outra subvariante do vírus que causa a covid-19 foi identificada e tem chamado a atenção dos cientistas. Denominada como “BA.6”, essa cepa também vem da ômicron e já foi identificada em Israel e na Dinamarca.
Ainda é cedo para avaliar o real risco que essa nova cepa pode trazer para mundo, dizem os cientistas. A preocupação em relação a essa nova variante está no fato de que o vírus teria sofrido 30 mutações na proteína Spike, o que pode causar escape imunológico.
Não se sabe até o momento se essa nova variante irá se espalhar com mais ou menos facilidade do que as variantes anteriores ou se simplesmente desaparecerá como muitas outras mutações do vírus.
Fonte: Valor