Da redação, AJN1
O capitão da Polícia Militar Denisson Santana do Nascimento Silva foi condenado a 12 anos de reclusão em regime fechado, com perda da função pública, pelo assassinato do pedreiro Rodrigo de Jesus, 21. O crime aconteceu em dezembro de 2010, durante um show em Aracaju. O oficial se encontra recolhido no Presídio Militar (Presmil) e a defesa vai recorrer da decisão que pediu a sua demissão do serviço público. Por já ter cumprido parte da pena, o Denisson deverá ser beneficiado com a progressão do regime fechado para o semiaberto.
O julgamento que foi presidido pelo juiz da 5ª Vara Criminal de Aracaju Edno Aldo Ribeiro de Santana, começou na manhã da quarta-feira (18) e se estendeu até a 1h30 de hoje (20). Na acusação atuaram os promotores Rogério Ferreira e Deijaniro Jonas Filho, ficando a defesa do réu por conta dos advogados Alexandre Porto e José Cláudio.
Denisson chegou a ser absolvido da acusão de dupla tentativa de homicídio, mas acabou condenado pelo homicídio qualificado que vitimou o pedreiro e pelas lesões corporais contra duas pessoas, que foram atingidas pelos disparos efetuados por ele.
Relembre o caso
O assassinato do pedreiro aconteceu na madrugada do dia 5 de dezembro de 2010, no interior do Espaço Emes, durante a realização de um show de pagode. Rodrigo foi morto com três tiros de pistola calibre ponto 40 efetuados pelo capitão. Na ação, o militar ainda feriu outras duas pessoas.
O oficial, que foi preso em flagrante, disse que em depoimento prestado na Delegacia Plantonista (Deplan) que ia para casa de uma irmã, próximo ao hipermercado Extra, e ao passar em frente à casa de show resolveu entrar. Mesmo estando de posse da pistola calibre ponto 40, de uso particular, ele não foi revistado no acesso ao interior da casa de shows.
Na versão do oficial depois de dançar com uma mulher, ela teria ido na direção de um homem [que seria Rodrigo] e ao entregar uma cédula de R$ 100, recebeu duas ampolas de cocaína. Consta no depoimento de Denisson na Deplan que quando se preparava para ir embora, a vítima o abraçou, agindo como se quisesse revistá-lo. Ao perceber que estava armado, Rodrigo teria dito “você é alemão”, pegando em seguida uma pistola niquelada. O oficial alegou que foi nesse momento que sacou a arma e efetuado três disparos.
Houve tumulto e as pessoas que estavam no local entraram em pânico. Com isso, além de alvejar Rodrigo, os disparos atingiram uma mulher e um técnico em segurança.