A variante do coronavírus que foi registrada pela primeira vez na África do Sul já foi detectada em ao menos seis países e territórios até o momento. Várias nações já restringiram voos em razão da nova cepa.
Batizada de ômicron (B.1.1.529), a variante já é considerada aquela com o maior número de mutações. Ainda é cedo para dizer o quão transmissível ou perigosa é a cepa. Entretanto, um pesquisador já a classificou como “horrível”, enquanto outro disse ser a pior já vista.
Em entrevista coletiva, o professor Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação, na África do Sul, disse que foram localizadas 50 mutações no total, e mais de 30 na proteína spike — “chave” que o vírus usa para entrar nas células e alvo da maioria das vacinas contra a covid-19.
Oliveira, que é brasileiro, disse que a variante carrega uma “constelação incomum de mutações” e é “muito diferente” de outros tipos que já circularam. “Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução [e traz] muitas mais mutações do que esperávamos”, disse ele.
Até agora, foram confirmados 77 casos na Província de Gauteng, na África do Sul; quatro casos em Botswana; e um em Hong Kong, diretamente relacionado a uma viagem à África do Sul.
A Alemanha registrou dois casos na região da Baviera; também há um caso com “alta probabilidade” em Hesse. Na Bélgica, foi confirmado um caso, de um viajante que voltou do Egito em 11 de novembro. A Itália detectou um caso de um homem que chegou de Moçambique. A República Tcheca tem um caso confirmado em Liberec.
No Reino Unido, são dois casos confirmados, um deles em Chelmsford e o outro em Nottingham. Israel registrou um caso, de uma pessoa que viajou ao Malaui, e mais duas suspeitas.
Fonte: Yahoo