ARACAJU/SE, 24 de outubro de 2024 , 9:21:37

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Operação Tiro Certo mira fraudes na aquisição de armas

Da redação, AJN1

Equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) realizam desde o início da manhã de hoje (2) a operação “Tiro Certo”, que mira uma organização criminosa que vem fraudando processos para compra de armas de fogo. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão em Aracaju, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro e Lagarto; e na cidade pernambucana de Jaboatão dos Guararapes. Um contador e uma psicóloga.

A ação conta com o apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), Departanento de Narcóticos e 5ª Delegacia Metropolitana (DM), Superintendência da Polícia Federal em Sergipe, Exército, e equipes da Polícia Civil de Pernambuco.

De acordo com o que foi apurado, o grupo criminoso coaptava pessoas dispostas a dar entrada no processo administrativo para aquisição de arma de fogo. Em seguida, através de um profissional de contabilidade, eram criadas empresas de fachada a fim de cumprir o requisito legal de “ocupação lícita” e “residência fixa”. O passo seguinte, era realizado através de uma profissional de psicologia, a qual garantia de forma fraudulenta mais um pré-requisito para ter acesso à arma: o atestado de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo.

Nos levantamentos realizados pela polícia, ficou compravado que alguns candidatos sequer compareceram ao consultório da psicóloga. Preenchidos os requisitos de “ocupação lícita”, “residência fixa” e “aptidão psicológica para o manuseio de arma de forma”, os integrantes da organização criminosa fraudavam o “exame de capacidade técnica de tiro”, realizados no Clube de Tiro Tavares, município de São Cristóvão e Clube Carcará, município de Lagarto.

Assim, “cumpridos” os requisitos legais, a pessoa aliciada pela organização criminosa adquiria a arma de fogo. O mais preocupante, detectado durante as investigações, é que muitas dessas armas eram vendidas para terceiros não autorizados. Na maioria das vezes, a arma de fogo tinha sua numeração suprimida e há provas de que facções criminosas envolvidas com tráfico e homicídios se beneficiavam da fraude praticada adquirindo armas de fogo.

De acordo com a PC, a operação foi denominada de “Tiro Certo”, numa referência a fraude cometida pelo grupo criminoso e ao compromisso das forças policiais no desmantelamento da organização e na prestação de serviço de segurança à população sergipana.

*Com informações SSP

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