O pagamento do 13º salário pode injetar cerca de R$ 321,4 bilhões na economia até dezembro, representando aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. A estimativa é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O montante será pago aos trabalhadores do mercado formal, incluindo empregados domésticos com carteira assinada, além de beneficiários da Previdência Social, aposentados e pensionistas da União, estados e municípios.
Quem será beneficiado pelo 13º salário em 2024
Cerca de 92,2 milhões de brasileiros receberão o benefício, com um rendimento adicional médio de R$ 3.096,78, aponta o Dieese. Entre esses, 56,9 milhões são trabalhadores no mercado formal, incluindo 1,4 milhão de empregados domésticos. Este grupo representa 61,7% dos beneficiários do 13º salário.
Entre os aposentados e pensionistas da Previdência Social (INSS), há 34,2 milhões de beneficiários (37,1% do total). Outros 1,1 milhão de aposentados e pensionistas da União (Regime Próprio) representam 1,2%. Além disso, há aposentados e pensionistas de regimes próprios estaduais e municipais que também receberão o benefício, embora este grupo não seja quantificável.
Impacto na economia e exclusões nos cálculos
Para o cálculo do impacto, o Dieese não considera trabalhadores autônomos, assalariados sem carteira assinada ou profissionais com outras formas de vínculo que eventualmente recebem algum tipo de abono de fim de ano, pois não há dados disponíveis sobre esses proventos.
Os dados apresentados constituem uma projeção do total de 13º salário que entrará na economia ao longo do ano, não necessariamente restrito aos últimos dois meses de 2024. No entanto, para a maioria dos trabalhadores ativos, o pagamento ocorre tradicionalmente no fim do ano.
Distribuição do 13º salário por setores e regiões
Do total a ser distribuído, R$ 214 bilhões (66%) serão destinados aos empregados formais, enquanto cerca de R$ 107 bilhões (33,3%) vão para aposentados e pensionistas. O Sudeste lidera a distribuição regional, recebendo 50,1% do total, seguido pelo Sul com 16,7%, Nordeste com 15,9%, Centro-Oeste com 9% e Norte com 5%.
A maior média de pagamento por 13º ocorre no Distrito Federal, com R$ 5.665, enquanto Maranhão e Piauí apresentam o menor valor, em torno de R$ 2.000. Para os setores, o setor de serviços ficará com a maior fatia, recebendo 64,6% do total, seguido pela indústria com 17%, comércio com 13%, construção civil com 3,3% e agropecuária com 2,1%.
Fonte: Exame