O Vaticano anunciou nesta quarta-feira (26) que o papa Francisco permitirá pela 1ª vez que mulheres votem na reunião global de bispos em outubro deste ano. Antes, podiam participar dos sínodos – órgão consultivo papal – como auditoras, mas sem direito a voto.
O Sínodo dos Bispos é o evento que debate e decide questões ideológicas e regimentais da Igreja Católica. O voto feminino na cerimônia era pedido há décadas.
Junto da medida histórica, o papa Francisco também solicitou a inclusão de um documento que cria um grupo de 70 pessoas para participar ativamente do sínodo. O colegiado será formado por indivíduos que não são bispos, mas representantes de coletivos com alguma relação à Igreja Católica.
As 70 pessoas serão escolhidas pelo sacerdote a partir de uma lista com 140 nomes recomendados por 7 conferências internacionais de bispos. O Vaticano recomendou que metade dos nomes sejam de mulheres.
Líder do Vaticano desde 2013, papa Francisco tem se destacado nos últimos anos por acenos a uma maior participação feminina nas decisões do país. Em 2021, ele indicou Raffaelle Petrini ao 2º cargo mais alto no governo, o de secretária-geral de governança.
No mesmo ano, a freira Alessandra Smerilli foi indicada ao 2º cargo mais alto no escritório de desenvolvimento do Vaticano.
O cardial Mario Grech, secretário-geral do secretariado geral do sínodo, disse à imprensa que o voto feminino é uma conquista importante, mas manteve o tom conservador característico da Igreja Católica.
“Isto não é uma revolução, mas uma importante mudança”, afirmou Grech.
O Sínodo dos Bispos será realizado de 4 a 29 de outubro deste ano.
Fonte: Poder 360