ARACAJU/SE, 24 de novembro de 2024 , 3:27:25

logoajn1

PC desarticula grupo criminoso que aplicava golpes em correntistas do Banese

Da redação, AJN1

Equipes do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (Depatri), com apoio da Delegacia de Rosário do Catete, Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) de Sergipe, e policiais civis de São Paulo, realizaram na manhã de hoje (22), a operação “Falsa Central”, que teve como foco desmantelar um esquema criminoso que gerou um prejuíz superior a R$ 10 milhões e lesou mais de 200 correntistas do Banese.

A operação é resultado de uma investigação que começou em janeiro do ano passado. Foram cumpridos seis mandados de prisão e 12 de busca e apreensão. Os alvos da operação estavam nas cidades de Carmópolis, em Sergipe; e Praia Grande (SP), Jacupiranga e Guarulhos, em São Paulo.

De acordo com as investigações, o mentor da organização criminosa é um hacker paulista, responsável por criar sistemas maliciosos que facilitam o furto de dados dos clientes. É por meio desses dados que os estelionatários causam verdadeiros rombos financeiros nas contas bancárias das vítimas.

A operação Falsa Central tem como foco levantamentos realizados a partir de correntistas do Banese que foram vítimas do golpe, mas a polícia não descarta a possibilidade de clientes de outras instituições bancárias terem sido lesadas pela grupo criminoso.

De acordo com a delegada Maria Pureza, que coordena a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), o hacker criou uma espécie de sistema com links e páginas de internet maliciosas, além de central de atendimento que simula a do banco ao qual a vítima é cliente. “Antes de entrarem em contato com as vítimas, eles fazem uma engenharia social, ou seja, estudam toda a vida da pessoa e já entram em contato de posse de informações pessoais que levam a vítima a acreditar que está falando com o atendente de seu banco”, explicou.

Os levantamentos realizados pela polícia indicam que, os investigados agiam através do envio de mensagem SMS, uso do aplicativo WhatsApp e de ligações telefônicas. Os golpistas informam ao correntista do banco de que foi efetuada transação em sua conta, a exemplo de empréstimo e PIX, indicando números de falsas centrais de autoatendimento ou links maliciosos para contato com o objetivo de bloqueio da transação não reconhecida.

Toda essa artimanha cria pânico e causa instabilidade emocional na vítima que passa a fornecer tudo que o suposto atendente pede. A delegada diz que todo esse cenário tem o único objetivo de conseguir a senha dos clientes. “Quando se dá conta, a vítima tem todo o seu saldo bancário desviado e vários empréstimos realizados”, acrescentou.

A investigação mostrou que a quadrilha era extremamente profissional e o hacker, inclusive, alugava ou vendia seu serviço criminoso para outros golpistas.

*Com informações SSP

Você pode querer ler também