ARACAJU/SE, 25 de julho de 2025 , 9:53:11

Pesquisa da CNT aponta Sergipe com a pior malha rodoviária do Nordeste

Da redação, AJN1

De acordo com a Pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT) de Rodovias, divulgada no domingo (5),  que avaliou toda a malha pavimentada das rodovias federais e principais trechos estaduais em todo o país, Sergipe teve 38,4% das suas estradas tidas como ruins ou péssimas, situação que coloca o estado na liderança do ranking das piores rodovias da região Nordeste.

Depois de Sergipe vem o Maranhão com 36,3%; Pernambuco com 32,4%; Paraíba com 25,6%; Rio Grande do Norte com 24,3%; Bahia com 18,2%; Ceará com 17,7%; Piauí com 13,5%; e Alagoas com 1,4% das rodovias com avaliações ruins ou péssimas.

Por região, a pesquisa identificou problemas em 77,8% da malha rodoviária pavimentada do Norte; em 64,7% do Sul e 64,1 do Nordeste. Depois vem a região Centro-Oeste com 61,3% e a região Sudeste que teve 51,1% da malha avaliada com problemas, enquanto 48,9% foram consideradas boas e ótimas.

A condição da malha nordestina é preocupante, pois, a região é dependente do transporte rodoviário. A pesquisa CNT apontou que seria necessário um investimento de R$ 15,2 bilhões para recuperar as rodovias. A precariedade das estradas do Nordeste acaba se refletindo na alta do consumo de combustível. Na avaliação da CNT, estima-se que em 2021, houve um consumo desnecessário de 257 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento das rodovias, o que representou um custo de R$ 1,13 bilhão aos transportadores.

Em Sergipe

Em 2021, a pesquisa analisou 653 km em Sergipe. O levantamento apontou que 74,3% da malha rodoviária pavimentada apresentam algum tipo de problema, sendo consideradas regulares, ruins ou péssimas; e 25,7% da malha são consideradas ótimas ou boas. No que se refere ao pavimento, 51,3% da extensão da malha rodoviária avaliada apresentam problemas; e 48,7% estão em condição satisfatória.

No quesito sinalização, 87,1% da extensão da malha rodoviária da região são consideradas regulares, ruins ou péssimas; 12,9%, ótimas ou boas; 25,1% da extensão está sem faixa central e 27,3% não têm faixas laterais. Quando a avaliação levou em conta o traçado da via, 71,1% da extensão da malha rodoviária apresentam algum tipo de problema e 28,9% estão ótimas ou boas condições. As pistas simples predominam em 81,6%. Falta acostamento em 33,7% dos trechos avaliados e 86,9% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.

A pesquisa ainda detectou 22 pontos críticos, sendo que em 21 trechos foram encontrados buracos maiores que um pneu. Segundo o levantamento, para recuperar as rodovias em Sergipe seria necessário um investimento de R$ 557,5 milhões em ações emergencias, de manutenção e de reconstrução. Devido as condições das estradas, a pesquisa estima que haverá um consumo desnecessário de 5,6 milhões de litros de diesel para quem precisa trafegar pelas rodovias que cortam Sergipe, gerando um custo de R$ 24,76 milhões
aos transportadores.

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