ARACAJU/SE, 16 de setembro de 2024 , 15:52:47

Pesquisador da UFS cria coletânea de truques para auxiliar ensino de matemática

 

Você consegue descobrir a idade de uma pessoa num passe de mágicas? Isso depende do seu conhecimento sobre equações. O uso de truques para ensinar matemática é uma alternativa para driblar a aprendizagem mecanizada de conceitos da matéria, como aritmética, geometria, lógica e probabilidade.

No mestrado profissional em Matemática na Universidade Federal de Sergipe (UFS), o professor Paulo Sérgio Fontes criou uma coletânea de mágicas matemáticas para facilitar o ensino da disciplina entre professores e estudantes da educação básica.

“Nós professores precisamos buscar caminhos e modelos metodológicos que tragam o aluno para o centro do trabalho pedagógico, ou seja, desenvolver atividades que enfatizem a participação ativa, a colaboração e a resolução de problemas,” afirma Paulo.

O pesquisador catalogou 17 mágicas que envolvem o uso de baralho, cartelas, imagens e mágicas. Entre elas, “a idade com o número mágico”, “leitor de mentes”, “truque das 21 cartas”, “cartelas mágicas” e “adivinhação com números”.

Além de fornecer o passo a passo de cada matemágica, a coletânea apresenta a explicação matemática formulada para cada uma delas. Com isso, a ideia é estimular a compreensão do raciocínio matemático do professor ao ensinar e do aluno ao aprender.

“Entender a percepção dos alunos a respeito das mágicas matemáticas é essencial. O principal objetivo é ajudar o professor a desenvolver um trabalho pedagógico mais dinâmico, flexível e adaptável para atender melhor aos anseios dos alunos”, ressalta.

“Buscamos fornecer ferramentas que possam melhorar a formação desses novos professores. O desafio é incorporar novas metodologias que, por exemplo, não eram utilizadas em sala de aula na minha época de aluno”, destaca o orientador da dissertação e professor de Matemática da UFS, Samuel Brito.

A pesquisa também avaliou a percepção dos estudantes sobre a ferramenta. Foram aplicadas três mágicas numa turma do ensino médio de uma escola da rede pública de ensino do interior de Pernambuco, onde Paulo é professor.

“Muitos alunos alegam não gostar da matéria. Por isso, ao trabalhar o conteúdo e mostrar suas diversas aplicações, é possível trabalhar a matemática como uma ciência que possibilita entender os mistérios e truques lógicos”, acrescenta Paulo Sérgio.

Fonte: Ascom UFS

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