A Petrobras está estudando novos modelos para recuperar a rentabilidade de suas Fafens (fábricas de fertilizantes) em Sergipe e na Bahia. A declaração foi dada nesta sexta-feira (24) pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates. As duas unidades estão arrendadas (alugadas) para a Unigel, que paralisou as plantas por falta de lucratividade.
Segundo Prates, está sendo negociada a possibilidade de tolling (um acordo de industrialização por encomenda). Por esse arranjo, a Unigel seguiria na operação, com o gás natural sendo fornecido pela Petrobras, e a produção final sendo comercializada para a estatal. É como se a empresa fosse operar para a petroleira.
“São unidades nossas que estão arrendadas. E estamos procurando analisar com mais tempo uma forma de recuperar a rentabilidade mais coerente dessas plantas. Como temos as plantas, não podemos deixar a peteca cair. Nesse arranjo de tolling, a planta roda a nossa produção e vamos obter produtos para nós mesmos”, disse Prates.
A ideia é fazer isso de forma provisória, por até 1 ano. Depois, deve ser estudada uma medida de longo prazo. Uma das possibilidades é a criação de uma joint venture com a Unigel para operação da fábrica até o final do contrato de arrendamento.
William França, diretor-executivo de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, explicou que os contratos são de 10 anos e há possibilidade de se produzir amônia verde nessas plantas. Ele detalhou como funcionaria o processo:
“Estamos discutindo com eles [Unigel] esse tolling, com operação feita por eles. A Petrobras coloca o gás, eles produzem e comercializam para nós. Ou seja, operam para nós. É um serviço. A empresa paga pelo arrendamento, mas opera para nós como prestadores de serviço”, disse.
Fonte: Poder360