Da redação, AJN1
Equipes da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (DELEMAPH) e do Grupo Especial de Polícia Marítima (GEPOM) da Polícia Federal em Sergipe realizam desde ontem (15) a operação “Arrastão”, que tem como foco coibir a pesca de arrasto irregular no litoral sergipano. A ação conta com o apoio do Ibama, ICMBio e Marinha do Brasil.
Por se tratar de modalidade altamente predatória, a pesca de camarão com a utilização de arrasto motorizado é proibida em toda a zona localizada a menos de duas milhas náuticas da costa. A medida é para garantir a reprodução da fauna marinha e evitar a captura acidental de outras espécies, como as tartarugas, que utilizam esta área litorânea para desova.
De acordo com a PF, estima-se que, para cada quilo de camarão capturado nas redes de arrasto motorizado, dez quilos de outros animais, incluindo peixes, crustáceos, tartarugas e
invertebrados, são mortos e simplesmente devolvidos ao mar. Mesmo conhecendo a proibição, já que tais informações são amplamente difundidas entre as colônias, muitos pescadores insistem em pescar nos locais interditados.
Caso sejam flagrados utilizando redes de arrasto, os pescadores poderão ser autuados em flagrante e responder pela prática do crime previsto no artigo 34, caput, c/c Parágrafo Único, inciso II, da Lei n. 9.605/98, punido com até três anos de detenção e multa, além de terem os barcos e produtos da pesca apreendidos.
Até o momento, não foram identificadas embarcações em situação irregular. A Polícia Federal ressalta que a operação terá continuidade, pelas próximas semanas, uma vez que a pesca tende a se intensificar no período que antecede o defeso.
*Com informações da PF
