Da redação, AJN1
Equipes da Polícia Federal deflagraram, na manhã desta quinta-feira (4) mais uma fase da Operação Acesso Negado, que tem como foco desarticular uma organização criminosa responsável por desvio de recursos públicos e que vinha agindo em Sergipe, Bahia e Pernambuco. A ação coordenada pelo chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, Márcio Alberto Gomes Silva, envolve 76 agentes federais e estão sendo cumpridos 27 mandados de busca e apreensão nas cidades sergipanas de Aracaju, Poço Redondo, Frei Paulo, Macambira e Campo do Brito; em Salvador (BA) e em Petrolina (PE). Os mandados foram expedidos pela 6ª Vara Federal da Subseção Judiciária sediada em Itabaiana.
De acordo com a PF, as investigações começaram em 2015 e as terceira, quarta e quinta fases da “Acesso Negado” investigam irregularidades na contratação, pelos Municípios de Frei Paulo, Macambira e Poço Redondo, da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), denominada Instituto Sócio Educacional Solidariedade (Ises).
As apurações indicam que, após se sagrar vencedora de um concurso de projetos eivado de vícios do qual resultou a sua contratação pelas Prefeituras de Frei Paulo, Macambira e Poço Redondo, o Ises celebrou diversos contratos superfaturados com pessoas físicas e jurídicas integrantes de seu grupo econômico, que, por sua vez, não prestavam os serviços a que estavam obrigados, de forma que a organização criminosa apenas recolhia para si os vultosos valores pagos pelo ente municipal.
Além dos mandados de busca e apreensão a Justiça Federal determinou a proibição da Oscip em firmar contratos com o poder público e o bloqueio de R$ 440 mil do patrimônio dos investigados. Segundo a PF, os envolvidos responderão pelos crimes de participação em organização criminosa, desvio de verbas públicas praticado por Prefeito, fraude em licitação e lavagem de dinheiro.