ARACAJU/SE, 5 de maio de 2025 , 16:20:20

Polícia Civil de Sergipe deflagra 2ª fase de operação que investiga fraudes em alvarás judiciais

 

A Polícia Civil de Sergipe, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), que integra o Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), com apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), deflagrou a segunda fase da operação que investiga uma organização criminosa especializada em fraudes contra Tribunais de Justiça de vários estados do país. Três pessoas foram presas na ação, que teve como foco um núcleo especializado na invasão de contas GOV de servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJ-SE). A ação policial foi divulgada nesta segunda-feira (5).

Foram cumpridos mandados de prisão nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, com o apoio operacional da Delegacia de Pinhalzinho e da Seccional de Bragança Paulista da Polícia Civil de São Paulo, além da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Ao todo, três pessoas foram presas — duas em São Paulo e uma no Rio Grande do Sul.

O foco desta fase da operação foi desarticular o núcleo do grupo criminoso responsável pela invasão de contas institucionais do GOV, utilizadas por servidores do TJ-SE. A partir da violação dessas contas, os criminosos obtinham acesso indevido a sistemas sensíveis, o que possibilitava a prática de fraudes documentais, manipulação de sistemas e o uso de certificados digitais falsos.

A investigação conduzida pela DRCC apura os crimes de invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa e fraude eletrônica, com indícios de atuação articulada em diversos estados do país.

O delegado Érico Xavier, titular da DRCC, destacou o caráter interestadual e técnico da atuação do grupo criminoso. “Trata-se de um desdobramento importante na investigação de uma organização criminosa com atuação sofisticada, que utilizava engenharia social e recursos tecnológicos para fraudar procedimentos judiciais e administrativos nos sistemas dos Tribunais de Justiça”, ressaltou.

A primeira fase da operação foi deflagrada no início de fevereiro, em ação conjunta das Polícias Civis de Sergipe, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro, e resultou no cumprimento de 31 mandados de prisão e 32 mandados de busca e apreensão.

As investigações prosseguem com a análise dos materiais apreendidos e a identificação de novos envolvidos. O inquérito policial tramita junto ao Poder Judiciário sergipano e conta com o acompanhamento do Ministério Público.

 

 

 

Você pode querer ler também