Equipes da 1ª Delegacia Metropolitana (1ª DM) prenderam um homem investigado por estelionato em torno da obtenção fraudulenta de dados pessoais, falsificação de documentos e compras em nomes de terceiros em lojas de quatro estados do país. As compras foram feitas nos estados de Sergipe, Alagoas, Bahia e Goiás, alcançando valores estimados em R$ 50 mil mensais durante o período de um ano. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (12), na capital sergipana.
De acordo com o delegado Everton Santos, titular da 1ª DM e responsável pela apuração policial, a investigação já acontece há um ano. “O investigado faz parte de um grupo criminoso que consegue fraudar documentos de identidade, solicitar cartões de crédito junto às lojas e fazer compras em lojas de quatro estados”, explicou.
Dentre os documentos de identificação apreendidos na ação policial que resultou na prisão do investigado, está uma identidade falsa já no modelo atual do documento. “Ele clona os dados e coloca a foto dele. No modelo novo, ele chegou a fazer o documento digital para a emissão dos cartões de crédito”, especificou o delegado.
Ainda segundo o delegado, a investigação aponta que os dados pessoais foram obtidos de diversas formas. “Os dados podem ter sido obtidos em conversas ou ainda por alguma loja que tenha repassado informações de clientes. Isso não foi descartado, mas estamos investigando a origem desses dados”, mencionou.
Na posse dos cartões obtidos de forma fraudulenta, o investigado fazia compras em nome das vítimas, conforme evidenciou o delegado Everton Santos. “A loja só vai saber que aquilo ali foi falsificado quando fizer a cobrança ao cliente, e a fatura não for paga, pois a pessoa jamais fez a compra”, relatou.
Dentre as compras identificadas no decorrer das investigações, estão televisões e pneus. “Eram objetos de fácil repasse. Então, eles faziam rodízio de estados no Nordeste onde vão fazer as compras e, de repente, viajavam para Goiás. Aqui, eles aplicavam o golpe rapidamente e saíam do estado”, acrescentou o delegado.
Com a prisão em flagrante, o investigado foi encaminhado para audiência de custódia, onde a detenção foi convertida em prisão preventiva. “Nós temos mais quatro pessoas que integram o grupo criminoso para ser investigadas e vamos atuar também sobre o prejuízo que ele causou às lojas nesses 12 meses”, ressaltou Everton Santos.
A Polícia Civil solicita que informações e denúncias sejam direcionadas às delegacias. “Se por acaso alguém recebeu em sua fatura indicação de compra que não efetuou, procure a delegacia mais próxima, pois vamos coletar todas as informações e imputar o crime de estelionato”, finalizou o delegado titular da 1ª DM.