ARACAJU/SE, 23 de outubro de 2024 , 8:30:52

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Por que nova biografia de Rita Lee já é sucesso antes mesmo do lançamento

 

A cantora Rita Lee morreu no último dia 9 de maio, aos 75 anos, mas segue sendo lembrada por seu pioneirismo, sua ousadia e pela irreverência diante da vida.

Prova da importância de Lee —chamada de “Rainha do Rock”, alcunha que considerava cafona— para a cultura brasileira é que sua nova biografia, que está em pré-venda, já é a mais vendida no site da Amazon. O lançamento oficial é na semana que vem.

O livro é uma narrativa sobre os seus dias e o tratamento do câncer de pulmão, doença que a artista descobriu em 2021, ainda durante a pandemia do coronavírus.

Marca registrada de Lee, as falas ácidas e o humor perspicaz são características constantes do livro. Em determinado momento, por exemplo, a cantora lamenta que não possa mais fazer xixi em pé, no banho, porque os quimioterápicos saem pela urina e seria ruim entrar em contato com eles.

Lee também fala das reflexões sobre a morte, o prazer em lavar a cabeça após raspar o cabelo, as internações e o impacto do tratamento em sua vida e na de seus familiares — que estavam sempre ao seu lado e a fizeram se sentir muito querida.

Biografia não é sua primeira

Em 2016, Rita Lee já havia publicado sua biografia, “Rita Lee – Uma Biografia” (Editora Globo). A cantora foi responsável por escrever, selecionar fotos e até pensar na capa, em um projeto em que se envolveu nos mínimos detalhes.

Algumas histórias dessa obra foram marcantes:

  • Rita Lee é seu nome verdadeiro. Muita gente não sabe, mas a cantora não tinha nome artístico. Filha de descendentes italianos e americanos, Rita Lee Jones teve os sobrenomes “inventados” pelo pai e pelo avô.
  • Estupro ainda criança. Rita Lee foi estuprada aos seis anos por um técnico que foi até sua casa para arrumar uma máquina de costura. A Rita Lee menina ficou sozinha por alguns momentos com ele e foi encontrada pela mãe com uma chave de fenda na vagina. O episódio, contou Lee em entrevistas, foi tratado na terapia. O episódio, contou Lee em entrevistas, foi tratado na terapia.
  • Abuso de drogas. Rita Lee nunca escondeu que usou diversas substâncias ilícitas durante a vida e chegou a ser presa por porte ilegal enquanto estava grávida, em 1976. No livro, ela conta sobre um episódio em que desembarcou em São Paulo com um colar feito de pedras de LSD e admite que consumiu muitas delas.
  • A relação com Roberto de Carvalho. Rita Lee e o instrumentista e compositor viveram uma história de amor de 47 anos que começou na década de 1970. No livro, a cantora disse que o disco “Lança Perfume” foi baseado na experiência romântica e sexual do casal, no que chamou de “a consagração total das nossas parcerias”.

Fonte: Uol

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