A Prefeitura Municipal de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas), oferta um serviço especializado para a pessoa com deficiência em situação de dependência, vulnerabilidade e/ou risco: o Centro-Dia de Referência Josevaldo Bezerra de Andrade. Na unidade são desenvolvidas atividades que permitem a convivência em grupo, o fortalecimento das relações pessoais e o acesso a oficinas educativas que buscam a autonomia dos usuários.
A coordenadora da unidade, Jacqueline Guimarães, destaca que, atualmente, mais de 30 usuários têm acesso ao serviço. Eles são jovens e adultos, de 18 a 59 anos, que possuem algum tipo de deficiência, como física, intelectual, auditiva, visual ou múltipla. O serviço é ainda extensivo aos familiares.
“O nosso serviço oferece diversas oficinas, trabalha a autonomia, a independência da pessoa com deficiência. Muitos chegam aqui e, a partir das atividades, saem do estado depressivo em que se encontravam. Hoje, temos 32 usuários em nosso serviço que funciona nos turnos da manhã e da tarde. É muito gratificante poder trabalhar com esse público e dar apoio às famílias”, revela a coordenadora.
Serviço
O Centro-Dia dispõe de uma equipe formada por psicólogo, assistente social, educadores, cuidadores e serviços gerais. Atenta às exigências de acessibilidade, a unidade possui também uma van adaptada exclusivamente para o serviço que busca o usuário em sua residência.
Para a usuária Isabel Cardoso, conhecida como ‘Belinha’, as idas à unidade são aguardadas com expectativa. “Eu gosto muito de vir para cá porque eu aprendo muitas coisas com essa equipe maravilhosa”, comenta a usuária, lembrando da época que teve dificuldade de encontrar um local onde pudesse ter acesso a um serviço especializado como o do Centro-Dia.
O serviço busca ainda a participação efetiva dos familiares. Gisélia Sampaio, mãe da usuária Cyntia Sampaio, faz questão de receber o feedback dos profissionais do Centro de Referência. Com uma história de vida que emociona, Gisélia ressalta que, hoje, a filha tem dias felizes na unidade.
“Desde os sete anos, minha filha começou com problemas. Passou por uma cirurgia para tirar um tumor do cérebro ainda quando era criança e foi um período difícil, onde, logo depois, ela sofreu com o bullying na escola. Em outro local, ela ficou durante onze anos aprendendo artes manuais, mas depois, devido a uma crise de lúpus, teve que ficar parada em casa. Mas graças a Deus através de uma vizinha soubemos do Centro-Dia e ela voltou à atividade”, afirma Gisélia.
Assim como Cyntia, vários usuários passam de uma vida ociosa à ativa no Centro-Dia de Referência. Para ter acesso ao serviço de Proteção Social Especial, o cidadão pode procurar a unidade, ser encaminhado por equipamentos socioassistenciais (como os CREAS) ou por órgãos do sistema de garantias de direitos, como o Ministério Público.