Da redação, AJN1
Em ritmo de forró, os professores aposentados do Estado desocuparam o prédio do Sergipe Previdência na tarde desta quinta-feira (2). A categoria decidiu deixar a sede – ocupada desde o início da tarde de ontem (1º), após se reunir na manhã de hoje (2) com o vice-governador Belivaldo Chagas, que se comprometeu em estudar os pleitos da classe e dar a resposta nesta sexta-feira (3).
A ocupação acontece porque os aposentados eram os primeiros a receber seus proventos e, de um ano para cá, passaram para o final da tabela de pagamento e só recebem no dia 11 do mês subsequente. Eles exigem uma data fixa de pagamento.
Segundo o Sindicato dos Professores de Sergipe (Sintese), o vice-governador garantiu que será realizada uma reunião com o Conselho do Sergipe Previdência, com a participação do Sintese, na próxima quarta (9), e a possibilidade do pagamento dos proventos dos aposentados até o dia 10 de junho.
“Estamos saindo do prédio, mas estamos a postos para continuar na luta pelos nossos direitos e pela nossa dignidade”, disse Maria Luci Lima Santos, educadora aposentada e diretora do Departamento de Aposentados do Sintese.
A possibilidade de antecipação foi colocada a partir da publicação dos dados no Diário Oficial de que a Secretaria de Estado da Educação teria feito aportes no Sergipe Previdência, com recursos da Educação que chegaram ao montante de R$130 milhões (de janeiro a abril deste ano).
Para o Sintese, os professores não podem continuar sendo penalizados pelo déficit do Sergipe Previdência.
“Esperemos que, na audiência com o conselho, possamos estar discutindo formas para equacionar as receitas e despesas do Sergipe Previdência para que os aposentados e aposentadas voltem a receber seus proventos dentro do mês. Os professores desocuparam, mas permanecerão vigilantes no desenrolar dos fatos”, disse Ivonete Cruz, vice-presidente do Sintese.
Trabalhos prejudicados
Enquanto a categoria ocupava a sede, os trabalhadores do Sergipe Previdência se queixaram dos barulhos e alegaram que não conseguiam se concentrar.
“A gente só estava fazendo a entrega dos contracheques dos servidores aposentados e não estava fazendo nenhum procedimento que precisasse incluir dados no sistema, porque poderia haver algum problema devido ao barulho. Inclusive, outras atividades chegaram a ser paralisadas”, lamenta Luiz Alves, coordenador de atendimento.