Mais um passo foi dado na direção de tornar concreta uma ponte conectando os estados de Alagoas e Sergipe por meio dos municípios de Penedo e Neópolis. O governador do Estado de Alagoas, Renan Filho, recebeu ontem (17) das mãos do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, e da presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Kênia Marcelino, o projeto executivo da obra – instrumento imprescindível à fase de licitação pública para construção da ponte, antigo anseio da região. O ato ocorreu na Presidência do Senado com a presença do senador Renan Calheiros.
O projeto executivo de engenharia rodoviária foi realizado pela Codevasf com investimento de R$ 2,3 milhões oriundo do Orçamento Geral da União por meio de emendas parlamentares destinadas à Codevasf pelo então deputado federal Renan Filho. O documento detalha os serviços de engenharia necessários à implantação, melhoramentos, pavimentação e obra de arte especial, inclusive estudos e projetos ambientais, nas rodovias estaduais AL-225 e SE-335, no trecho que compreende os municípios de Penedo (AL) e Neópolis (SE).
O governador Renan Filho adiantou que pretende licitar as obras de construção da ponte no sistema de regime diferenciado de contratação (RDC), uma vez que a etapa obrigatória de elaboração do projeto executivo está vencida – o que vai agilizar a fase de efetiva construção da ponte. “Estamos trabalhando para incluir a ponte Penedo-Neópolis dentro dos recursos destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal”, disse o senador Renan Calheiros, presidente do Senado e representante do estado de Alagoas no Legislativo, em cujo gabinete ocorreu a entrega do documento.
“Este é um grande momento para a Codevasf e para a população dos estados de Alagoas e Sergipe. A construção da ponte vai trazer impacto significativo para a economia da região ao reduzir custos com transporte da produção nos dois estados e aumentar o fluxo turístico”, ressaltou a presidente da Codevasf.
O diretor de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura da Codevasf, Marco Aurélio Diniz, destacou o curto tempo – foram dois anos – de execução do projeto executivo de engenharia pela Codevasf, especialmente considerando a complexidade da obra. “Isso foi possível porque não houve, nesse prazo, qualquer descontinuidade orçamentária”, assinalou.
Depois de construída, a ponte terá extensão aproximada de 1.072 metros e largura de 21,10 metros. Os acessos, que farão parte do projeto, estão calculados em 12 metros. O projeto incluirá ainda passeio e ciclovia, cada qual com largura estimada de dois metros. O custo total da obra está estimado em aproximadamente R$ 320 milhões. “Vamos trabalhar para garantir orçamento para executar esta obra tão importante aos dois estados nordestinos”, afirmou o ministro Helder Barbalho.
“O empreendimento também deve melhorar o escoamento da produção agropecuária dos perímetros irrigados da Codevasf, tanto em Penedo, quando em Neópolis, especialmente para o transporte da safra de arroz, que é recordista nessa região”, ressalta Kênia Marcelino. A estimativa é de que mais de 80 mil pessoas sejam beneficiadas com a construção da ponte.
Benefícios da obra
A construção da ponte trará estímulo à economia local em razão da melhoria no escoamento de produtos e do aumento do fluxo de turistas, tendo como consequência a diversificação de serviços ligados ao turismo, como o artesanato, comércio local, gastronomia e hotelaria. Do ponto de vista ambiental, a implantação da ponte está em sintonia com os programas que visam à melhoria da qualidade ambiental do rio São Francisco.
“A expectativa da Codevasf é de que a construção da ponte traga um grande impulso para o desenvolvimento da região do ponto de vista econômico e de mobilidade”, avalia o fiscal do contrato de execução do projeto, Rodrigo Benevelli.
Neste momento, são aguardadas as análises do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão responsável pelo licenciamento ambiental, para subsequente contratação e elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
Fonte: Codevasf
