Da redação, AJN1
Moradores do bairro Porto Dantas, na zona Norte de Aracaju, se somaram aos familiares de Givanildo Neres dos Santos, 61, morto em um acidente na avenida Euclides Figueiredo, para cobrar mais segurança no trânsito da via. Durante o protesto, que aconteceu na manhã desta terça-feira (29), populares atearam fogo em pedaços de madeira para bloquear os dois sentidos da pista. Além disso, familiares levaram o caixão com o corpo da vítima e fizeram o velório em via pública.
Equipes da Polícia Militar, juntamente com o Corpo de Bombeiros, estiveram no local e após conversar com os manifestantes, desobstruíram a avenida e liberaram o trânsito.
“Esse não é o primeiro acidente com morte. Isso aqui é constante. Estamos pedindo sinalização e controle de velocidade. Estudantes precisam atravessar diariamente a avenida quando descem dos ônibus e aqui é muito perigoso. Queria que as autoridades tomassem providências”, cobrou uma moradora do bairro que identificou-se apenas por Marilúcia.
Horas depois da manifestação o corpo do idoso foi sepultado no cemitério São João Batista.
Acidente
Segundo familiares, na tarde do domingo (27), Givanildo estava em uma bicicleta e ao tentar atravessar a avenida através da faixa de pedestres, foi atingido por um veículo com plotagem da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema). Com o impacto, a vítima teria sido lançada a mais de 30 metros. Pedaços da carenagem do carro ficaram espalhados na pista, enquanto o condutor fugiu sem prestar socorro. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e encaminhou a vítima ao hospital. No entanto, devido a gravidade dos ferimentos ela acabou morrendo.
O sobrinho da vítima, Givanildo Souza, contou que testemunhas identificaram o carro, que seria uma Amarok com plotagem da Adema. Os familiares foram até a sede do órgão e visualizaram o veículo danificado. “Gravamos vídeo do carro e da placa. As peças que está faltando no carro está com nós”, disse.
Sobre o caso, o procurador jurídico da Adema, James Fontes Barbosa, explicou que o motorista envolvido não é servidor da Adema, possui vinculação funcional com a empresa contratada para locação de veículos, e por sua vez é a responsável pelos danos materiais e pessoais causados a terceiros pelos seus funcionários. “O motorista estava em posse do veículo em razão do cumprimento da escala de plantão da equipe de resgate de animais silvestres. No entanto, no momento do acidente não estava em diligência. Estava usando o veículo de forma indevida”, ressaltou.
Ele disse ainda que a Adema já entrou em contato com a empresa informando o fato, solicitando o afastamento imediato e a substituição do motorista envolvido no acidente. “A empresa deverá adotar as medidas cabíveis para dar assistência à família. A Adema também está a disposição da família e das autoridades policiais para contribuir com as investigações para apuração das responsabilidades”, concluiu James Fontes Barbosa.
