Criminosos fortemente armados atacaram uma agência bancária do Centro de Araçatuba (SP), no início da madrugada desta segunda-feira (30). Pelo menos uma pessoa morreu, segundo a Polícia Militar. Ainda não foi informada quais foram as circunstâncias da morte.
Resumo do ocorrido:
- Criminosos abordaram pedestres e motoristas e os fizeram reféns na cidade;
- Para monitorar os policiais, os criminosos teriam contado com o auxílio de drone;
- PM orienta que os moradores de Araçatuba não saiam de casa até que a situação esteja controlada, pois há explosivos espalhados pela cidade;
- Aulas estão suspensas, segundo prefeito.
Conforme apuração da TV TEM, após o ataque ao banco, os criminosos abordaram pedestres e motoristas e os fizeram reféns na cidade. Eles também cercaram bases da Polícia Militar e viaturas.
Em vídeos que circularam nas redes sociais, algumas vítimas aparecem em uma espécie de “escudo humano” dos criminosos e sobre carros. Outras imagens mostram eles atirando pela cidade.
Para monitorar os policiais, os criminosos teriam contado com o auxílio de drone. Eles também fecharam algumas entradas da cidade para evitar que equipes cheguem ao local, segundo a polícia.
Após o crime, moradores também relataram que encontraram explosivos e munições nas ruas da cidade. Lojas também ficaram danificadas.
Devido à gravidade da ocorrência, o Baep de São José do Rio Preto (SP) foi acionado para auxiliar no caso.
“É uma sensação horrível, um horror. Moro a poucas quadras do Centro. Ouvi todos os tiros, acompanhando através de vídeos, não saí de casa e peço à população que fique em casa”, disse o prefeito Dilador Borges.
“Quando iniciou tudo isso, sentimos o drama que seria nossa noite, entrei em contato com o governador João Dória, que através do secretário de segurança disse que viria reforço de Rio Preto, Bauru e Prudente.”
A Polícia Militar orienta que os moradores de Araçatuba não saiam de casa até que a situação esteja controlada, pois há explosivos espalhados pela cidade e que podem ser acionados por calor ou movimento.
Repercussão na web
Ainda durante a madrugada, o ataque ganhou repercussão nas redes sociais. No Twitter, internautas compartilharam imagens e relatos do crime.
“Aflição total, meu Deus, oremos por todas essas pessoas que estão sendo feitas de reféns nesse mega assalto aqui em Araçatuba”, escreveu um internauta.
“Está acontecendo um assalto enorme. Reféns estão sendo usados como escudo humano. Que loucura, parece um filme. Que Deus proteja a todos”, disse outro.
Ataque a empresa de valores
Em 2017, Araçatuba viveu momentos de terror em um mega-assalto a uma empresa de valores da cidade. Na época, Cerca de 30 criminosos incendiaram veículos para bloquear a saída de viaturas do quartel da Polícia Militar, que fica perto do local do roubo.
Os suspeitos também atiraram contra a entrada do quartel para impedir a saída dos policiais, e houve troca de tiros. Na sequência, outro grupo foi até a empresa de valores e usou dinamite para explodir o prédio.
O policial civil André Luís Ferro da Silva, do Grupo de Operações Especiais (GOE), estava de folga no dia e foi baleado durante a ação e morreu. Além do policial, duas mulheres ficaram feridas durante a ação atingidas por estilhaços de balas.
Os criminosos também usaram um caminhão canavieiro para bloquear a pista da Rodovia Marechal Rondon, no sentido Birigui (SP) a Araçatuba. O grupo rendeu o motorista e deixou o veículo atravessado na pista, depois o incendiaram, impedindo a chegada da polícia.
O Ministério Público denunciou em 27 de agosto de 2018 um total de 18 pessoas, sendo que 15 por latrocínio consumado, latrocínios tentados, incêndio e explosão. Outros três, além desses crimes, por associação criminosa.
Terror em Botucatu
Um ataque parecido foi registrado em Botucatu (SP), em julho do ano passado. Pelo menos 40 criminosos mascarados, fortemente armados e com coletes à prova de balas, participaram do crime.
Os bandidos armados atacaram agências bancárias da cidade e policiais ficaram feridos na troca de tiros com os criminosos. Segundo a polícia, após o crime, os bandidos fizeram moradores reféns e os usaram como “escudo humano”.
Fonte: G1