Nesta quarta-feira (3), a Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) retoma a sua Série Cajueiros no Teatro Tobias Barreto, com o concerto “O Barroco é Pop”. Grandes obras do repertório do período serão apresentadas, tais como as “Quatro Estações” e “Concerto para Duas Flautas”, de Antonio Vivaldi (1678-1741), e “Música Aquática”, de Georg Friedrich Händel(1685-1759). Sob a regência ao cravo do maestro Guilherme Mannis, destacados artistas da Orsse executarão os solos principais da apresentação. Os ingressos, a preços populares, já estão disponíveis para venda nas bilheterias do Teatro. A Orsse é uma realização do Governo de Sergipe por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap).
As Quatro Estações, coletânea de quatro concertos para violino solista e orquestra de cordas, que integram o opus 8 de Antonio Vivaldi – intitulado Il Cimento dell’armoniae dell’inventione – são, na realidade, um tributo de amor à natureza e à vida. Trata-se de uma íntima associação entre a poesia e o poder descritivo da música, que sugere constantemente uma imagem sonora repleta de beleza e entusiasmo do fenômeno cósmico da natureza em que a vida se revela em todo o seu esplendor: as quatro estações do ano.
Passados quase trezentos anos desde sua primeira publicação em 1725, esta obra-prima do barroco italiano continua a dar mostras intensas de vitalidade, constituindo-se num exemplo perfeito de composição do repertório erudito que pertence já ao domínio popular. Exibindo virtuosisticamente a forma Concerto Solista, em que o violino e a orquestra apresentam uma rica imagem sonora das estações, surge, ao mesmo tempo, uma complexa e extraordinária disputa (il cimento) entre a técnica apurada da composição e execução (l’armonia) e a livre criação (l’inventione). Serão solistas das estações os violinistas da Orsse Emily Contreras, Fabiano Santana, Luciano Borges e David Souza.
Também de Vivaldi será executado o Concerto para Duas Flautas, Orquestra e Contínuo, com solos de Sílvio Jackel Neto e Evandro Belchior. Completa o programa, a famosa “Música Aquática”, do compositor alemão Georg Friedrich Händel. Trata-se de uma coleção de movimentos orquestrais, frequentemente divididos em três suítes, estreada em 1717, após o rei Jorge I encomendar um concerto para ser executado sobre o rio Tâmisa. O concerto foi executado originalmente por cerca de 50 músicos, situados sobre uma barca nas proximidades da barca real, a partir da qual o monarca escutava a peça com seus amigos mais próximos. O rei Jorge teria gostando tanto das suítes que pediu a seus músicos, já esgotados, que a tocassem por três vezes durante o tempo do percurso.
“Barroco Pop”, assim é definido o concerto por Guilherme Mannis, regente da Orsse, que comandará o concerto na regência ao cravo, instrumento muito utilizado no período barroco. “O repertório é completamente acessível e foi muito inovador na época em que foi composto. Era música de dia-a-dia, de acesso total à população, das ruas aos salões dos castelos. É um pouco do que a Orsse faz hoje em dia, com a performance de repertórios muito variados e com públicos dos mais variados em nosso estado. Música deliciosa de se ouvir e de tocar, também”.
Fonte: Secom
