ARACAJU/SE, 23 de outubro de 2024 , 8:26:21

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Quatro presos e dois mortos na operação Underground

Da redação, AJN1

Equipes das polícias Civil e Militar e da Secretaria de Justiça, do Trabalho e da Defesa do Consumidor (Sejuc) deflagraram na manhã de hoje (11) a operação Underground, que tem como objetivo desmantelar um esquema criminoso de venda ilegal de armas de fogo, munições e acessórios. Durante as abordagens, quatro suspeitos foram presos e outros dois tombaram em confronto com os policiais. Além disso, seis armas foram apreendidas.

A ação, que é coordenada pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), com o apoio da Divisão de Inteligência (Dipol), acontece em Aracaju, Itabaiana, Ribeirópolis, Nossa Senhora Aparecida, Areia Branca, Canindé do São Francisco e Neópolis, Além da cidade baiana de Ibotirama.

O Cope iniciou as investigações a partir da prisão de um suspeito de tráfico de drogas e homicídio. Nos levantamentos realizados, os policiais descobriram que ele era operador de um grupo criminoso, chefiado por um velho conhecido da polícia, que vendia ilegalmente, em grandes quantidades, armas de fogo, munições e acessórios. Foi verificado que o grupo atuava em vários estados, concentrando as ações em Sergipe, Alagoas e Bahia.

As investigações apontaram ainda que, os suspeitos negociavam armamentos de grosso calibre e recrutavam servidores públicos, inclusive policiais e políticos, com o objetivo de praticar crimes e garantir a impunidade, com a utilização de informações privilegiadas para obter lucro e poder criminoso.

De acordo com o que foi apurado, os “anúncios” e a “comercialização” dos materiais bélicos se davam, principalmente, através do aplicativo WhatsApp, com troca de mensagens, imagens e vídeos dos objetos, negociações de preços e envio de comprovantes de depósitos das transações. Ficou esclarecido que um dos investigados chegou a movimentar para a organização criminosa cerca de R$ 150 mil comercializando cerca de 23 armas de fogo. Há indícios de que os investigados cooptavam pessoas para adquirir, legalmente, armas de fogo e munições, as quais eram vendidas de maneira ilícita.

O nome da Operação, Underground, refere-se ao submundo do crime, remetendo a um grupo que atua fora da ordem ideológica, econômica, política e legal que constitui uma sociedade ou um Estado.

Participaram da ação equipes do Grupamento Tático Aéreo (GTA), Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci), Departamento de Narcóticos (Denarc), Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) e Depatri de Itabaiana e Estância, Delegacia Regional de Lagarto, Delegacia Regional de Glória, Delegacias de Ribeirópolis, Canindé e Moita Bonita, Batalhão de Caatinga (BPCaatinga), Comando de Operações Especiais (COE/BA), Departamento do Sistema Prisional (Desipe), Grupo de Operações Penitenciárias (Gope).

*Com informações SSP

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