A brasileira Luana Lopes Lara, de 29 anos, acaba de entrar para o grupo de novos bilionários “self-made”, ou seja, sem ter herdado fortuna. Ela acaba de superar Lucy Guo, cofundadora da Scale AI, de 31 anos, como a mais jovem do mundo a conseguir o feito.
Luana é cofundadora e diretora de operações da Kalshi, uma plataforma de previsões rival do Polymarket, que permite apostar em eventos do mundo real, como Oscar, eleições, entre outros.
O valor de mercado da Kalshi saltou para US$ 11 bilhões após uma rodada de investimentos Série E de US$ 1 bilhão, liderada pela Paradigm e com participação de gigantes como Sequoia Capital, Andreessen Horowitz e Y Combinator, anunciada nesta quarta-feira (3).
Luana é de Joinville, em Santa Catarina, e sua trajetória foi pouco convencional. Filha de uma professora de matemática e de um engenheiro elétrico, Luana teve uma infância marcada pela disciplina e competitividade. Sua rotina consistia de aulas de balé clássico em uma das academias mais renomadas do país, a Escola do Teatro Bolshoi, passando por um treinamento extremo (com jornadas diárias das 7h às 21h entre aulas acadêmicas e de dança).
Definindo-se como uma “nerd de matemática”, a cofundadora da Kalshi chegou a conquistar uma medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e bronze na Olimpíada Catarinense de Matemática.
Após o ensino médio, passou nove meses dançando profissionalmente na Áustria, até decidir trocar os palcos pelos laboratórios, o que a levou ao Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde se formou em Ciência da Computação e Matemática.
Foi no MIT que conheceu Tarek Mansour, seu futuro sócio, com quem fundou a Kalshi em 2018, quando ainda era estudante. Durante os verões da graduação, estagiou em grandes gestoras de Wall Street, como a Bridgewater Associates, de Ray Dalio, e a Citadel, de Ken Griffin, além de passar pela Five Rings Capital.
Atualmente, como COO da Kalshi, Luana lidera a estratégia e a operação de uma empresa que movimenta mais de US$ 1 bilhão por semana. Sua fortuna vem da participação de 10% a 20% que detém na companhia, segundo o New York Times, equivalente a um patrimônio bilionário em valor de mercado.
Fonte: InfoMoney
