Nesta terça-feira, 28 de janeiro, o Boletim dos Cientistas Atômicos vai revelar a hora do Relógio do Juízo Final, para descobrir o quão perto a Humanidade está da autoaniquilação. O Comitê de Ciência e Segurança do Boletim (SASB) considerará diversas ameaças globais, como conflitos armados em várias partes do mundo, a integração da inteligência artificial e a constante crise climática.
Dessa forma, a equipe de cientistas busca seguir os parâmetros iniciais desenvolvidos pelo biofísico Eugene Rabinowitch, que se dedicou a analisar o panorama mundial e, com base nas probabilidades que encontrou, determinou o tempo no relógio.
Em seguida, ele apresentou seus argumentos sobre a autoextinção humana, baseando-os na vasta coleção de dados que obteve em debates com pensadores, políticos, pesquisadores e até presidentes.
Nesse sentido, especialistas acreditam que, em 2025, é preciso levar em conta a guerra entre Ucrânia e Rússia, o conflito no território palestino e o comportamento político de países como Venezuela e Estados Unidos.
De acordo com o Boletim de Cientistas Atômicos, o futuro dos seres humanos nunca foi tão incerto quanto agora, e é por isso que eles anunciaram recentemente que o relógio passará por algumas mudanças em seu mostrador.
A expectativa é que, nesta terça-feira, após a reunião do Comitê de Ciência e Segurança, o conselho formado por cientistas renomados e vários ganhadores do Prêmio Nobel consiga chegar a um acordo sobre um novo horário para o dispositivo simbólico.
Atualmente, o Relógio do Juízo Final, criado pelo físico americano Hyman H. Goldsmith em 1947, está a 90 segundos da meia-noite, ou o fim dos tempos.
Espera-se, no entanto, que os ponteiros da invenção não avancem mais do que a hora em que foram acertados da última vez — pelo menos, as chances de isso acontecer são baixas, de acordo com a presidente e CEO do Boletim, Rachel Bronson.
Fonte: O Globo