ARACAJU/SE, 11 de setembro de 2025 , 18:29:56

Retorno das aulas presenciais será “banho de sangue”, diz Sintese

Da redação, AJN1

O Sindicato dos Professores de Sergipe (Sintese) realizou um ato na manhã desta segunda-feira (10), em frente à sede da Secretaria de Estado da Educação, com o objetivo de mostrar ao governador Belivaldo Chagas, além da sociedade em geral, que o retorno às aulas presenciais, especificamente das turmas dos 1° e 2° anos do Ensino Fundamental — previstas para serem retomadas hoje, por força de decreto — configura como um “erro” e que a consequência, na visão do sindicato, será o “derramamento de sangue”.

Durante o ato, a categoria, que iniciou hoje greve por tempo indeterminado, jogou na calçada da Secretaria groselha diluída em água para simbolizar o “banho de sangue” que supostamente será derramado se as aulas presenciais retornarem nas escolas públicas.

“Voltar às aulas presenciais sem as mínimas condições é promover um banho de sangue. Serão vidas de professores, estudantes, funcionários de escolas e suas famílias sendo ceifadas por uma decisão do governo do Estado e dos prefeitos”, afirma a presidente do Sintese, Ivonete Cruz.

Durante o ato, o Sintese voltou a questionar o secretário de Estado da Educação, Josué Subrinho e ao governador, quais foram os critérios científicos que estabeleceram o retorno das aulas presenciais no pior cenário da pandemia em Sergipe.

O pior momento, citado pelo Sindicato, diz respeito à ocupação dos leitos de UTI, além do elevado número de novas infecções e mortes. Neste momento, 92,6% dos leitos de UTI da rede pública estão ocupados. Já a ocupação dos leitos de UTI da rede particular é de 85%. Até o dia 9 de maio, a Covid-19 tirou a vida de 4.526 sergipanos.

“Nossa reivindicação é para que se suspenda o decreto de retorno às aulas e se constitua uma comissão composta por representações do governo, dos trabalhadores da Educação, dos pais, dos estudantes para que juntos possamos avaliar e buscar alternativas para que o retorno às aulas presenciais seja seguro e não uma sentença de morte”, afirma Ivonete Cruz.

Esta reportagem aguarda um posicionamento oficial do Governo sobre a manifestação do Sintese. Tão logo seja enviado, o texto será acrescido.

Você pode querer ler também