ARACAJU/SE, 10 de setembro de 2025 , 15:16:55

Rodoviários da Progresso, Paraíso e Tropical paralisaram as atividades

Da redação, AJN1

Com salários atrasados, motoristas e cobradores das empresas de ônibus Progresso, Paraíso e Tropical estão com as atividades paralisadas desde a madrugada de hoje (28). Segundo funcionários, o atraso no pagamento tem sido uma frequente há vários anos, sendo que a situação se agravou a partir da pandemia. Eles alegam que a empresa pagou apenas uma parte do salário de abril.

A informação é que a paralisação afeta 1/3 das linhas de ônibus da capital e Grande Aracaju, a exemplo da Augusto Franco/Bugio; Circular Praias 01 e 02, São Cristóvão/Rodoviária Nova; e Eduardo Gomes/Centro de Aracaju.

Os funcionários denunciam que a empresa aderiu ao programa do governo federal, mas não reduziu a jornada de trabalho. Além disso, estaria ocorrendo atraso nos depósitos do FGTS e pagamento de férias. “Estamos recebendo de forma fracionada há muito tempo e nenhuma providência tem sido adotada para resolver. A pandemia afetou bares, restaurantes e outras atividades, mas o transporte coletivo não, não faltam passageiros”, desabafou um funcionário.

Os rodoviários afirmam que só retornam ao trabalho depois que as empresas resolverem a situação. “Não queremos mais negociação. Queremos uma solução”, disse o funcionário.

Setransp 

Em nota, o Setransp informou  que a paralisação na operação das empresas do Grupo Progresso, realizada pelos respectivos funcionários, tem afetado o sistema de transporte, mas a empresa está buscando alternativa para solução e regularização da prestação do serviço.

O Setransp explica que a situação vivida pelo Grupo Progresso não é diferente das demais empresas do setor de transporte. Em Aracaju e na região metropolitana, hoje o sistema de transporte está operando com 100% da frota operacional, mas com uma demanda de passageiros de menos de 58% dos que circulavam antes da pandemia.

“Esse impacto na queda de receita e sem qualquer apoio financeiro ao serviço de transporte que é essencial, já vinha sendo alertado pelo setor há bastante tempo, inclusive pontuando que a pandemia agravou dificuldades para o pagamento dos salários dos colaboradores e do combustível, que são os dois maiores insumos no custo do serviço.  O Setransp reforça que nenhuma empresa tem a intenção de passar por uma situação como essa, mas não existe sistema de transporte no mundo que se mantenha em pé diante de uma disparidade economia deste tamanho em relação à receita versos despesas. As demais empresas operadoras do transporte estão tentando dar suporte à operação do serviço diante desta paralisação, para não deixar a população desassistida, porém com muitas limitações”, diz um trecho da nota.

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