Com o objetivo de oferecer assistência em saúde eficiente e de qualidade em situações de urgência ou emergência, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), disponibiliza dois hospitais municipais: o Fernando Franco, localizado na Zona Sul, e o Nestor Piva, na Zona Norte. Essas unidades fazem parte da Rede de Urgência e Emergência e atendem a população em diversas situações de saúde.
Os atendimentos são realizados conforme o estado clínico do paciente no momento em que ele busca a unidade. O diretor da Rede de Urgência e Emergência (Reue) da SMS, Yuri Belchior, explica que as principais situações priorizadas nos hospitais incluem fraturas, luxações ou cortes profundos sem hemorragia grave, crises de asma brônquica sem falta de ar intensa, além de casos de confusão mental ou sonolência.
“Assim que o paciente é acolhido e classificado, ele será atendido conforme a gravidade do caso analisado. Isso significa que o atendimento na rede de urgência e emergência não segue ordem de chegada, pois o objetivo principal da equipe é identificar os pacientes com necessidade de atendimento médico imediato de forma rápida e segura, a partir do protocolo de acolhimento com classificação de risco chamado de protocolo de Manchester”, explica Yuri.
O protocolo de Manchester organiza os atendimentos em cinco níveis de prioridade, cada um identificado por uma cor. No nível 1 (vermelha), os casos são considerados emergência e exigem atendimento imediato; no nível 2 (laranja), são muito urgentes, com atendimento necessário em até 10 minutos; no nível 3 (amarela), são urgentes e devem ser atendidos em até 60 minutos; no nível 4 (verde), os casos são pouco urgentes e podem esperar até 120 minutos; e no nível 5 (azul), não urgentes, com tempo de espera de até 240 minutos.
“A classificação de risco é realizada por profissionais de enfermagem capacitados e experientes em serviços de urgência. O protocolo não substitui o diagnóstico médico, mas assegura que a atenção ocorra no tempo determinado pela gravidade do paciente e é essencial para gerenciar o fluxo de atendimentos quando a demanda excede a capacidade de resposta”, destaca Belchior.
Os hospitais Fernando Franco e Nestor Piva concentram casos de média complexidade. No entanto, frequentemente recebem pacientes com sintomas leves que poderiam ser tratados nas Unidades de Saúde da Família (USFs).
“Às vezes, as pessoas procuram a urgência para tratar uma dor de cabeça, e a sintomatologia será tratada, ou seja, o paciente será medicado e liberado. Porém, esse caso é mais adequado para a Unidade de Saúde da Família, que investiga a origem dessa dor com as Equipes de Saúde da Família. Os hospitais garantem atendimentos de urgência e emergência, acolhendo pacientes vítimas de fraturas expostas, congestão nasal que esteja comprometendo a respiração e outras situações em que o indivíduo apresenta risco de morte”, ressalta o diretor da Reue.